Companhia Deborah Colker estreia ‘Sagração’ em Porto Alegre

Companhia Deborah Colker estreia ‘Sagração’ em Porto Alegre

Novo espetáculo, com apresentações dias 19 e 20 de abril, no Teatro do Sesi, reúne obra clássica de Stravinsky e cosmogonias originárias

Correio do Povo

Após estreia no Rio, Companhia de Dança Deborah Colker apresenta espetáculo em Porto Alegre

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A Companhia de Dança Deborah Colker retorna a Porto Alegre para comemorar seu trigésimo aniversário com o novo espetáculo “Sagração”, com apresentações, nos dias 19 e 20 de abril, no Centro de Eventos Fiergs Teatro do Sesi (Assis Brasil, 8787). Nessa versão, a música clássica de Stravinsky encontra ritmos brasileiros no espetáculo inspirado por visões ancestrais sobre a origem do mundo.

Os ingressos para as apresentações em Porto Alegre estão disponíveis para compra através do site da companhia. Há opções de ingressos populares com cotas limitadas.

Sagração

O processo criativo de “Sagração” durou dois anos e meio. O espetáculo é uma livre adaptação de “A Sagração da Primavera”, obra composta pelo russo Igor Stravinsky, que ganhou projeção mundial pela montagem estreada em Paris em 1913, com coreografia de Vaslav Nijinsky e produção de Sergei Diaghilev para os Ballets Russes. A composição musical é considerada revolucionária por introduzir estruturas rítmicas e harmônicas nunca antes utilizadas em partituras.

“Quando decidi recontar esse clássico, pensei que teria de ser a partir da cosmovisão de povos originários do Brasil”, lembra Deborah, que também é pianista. “Stravinsky foi responsável por pontos de ruptura e provocação entre o erudito e o primitivo. ‘A Sagração da Primavera’ representa esses pontos de evolução da humanidade”.

Foi em uma viagem para o Xingu, durante o Kuarup, e no encontro com as aldeias indígenas Kalapalo e Kuikuro, que Deborah conheceu Takumã Kuikuro. O cineasta contou para ela como o povo do chão recebeu o fogo do Urubu Rei. Essa história é dançada e acompanhada por narração do próprio Takumã e faz parte da coleção de cosmogonias que a diretora reuniu para montar a dramaturgia do espetáculo.

A coreógrafa, em parceria com o diretor musical Alexandre Elias, introduziu à partitura instrumental de Stravinsky a sonoridade pujante das florestas e ritmos brasileiros. Boi bumbá, coco, afoxé e samba foram introduzidos à criação de Stravinsky. Aos acordes de instrumentos de orquestra, o diretor musical adicionou flauta de madeira, maracá, caxixi e tambores. Os paus de chuva também entram em cena no arranjo executado ao vivo pelos bailarinos.

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