Compra da Pixar recoloca Disney no cenário de produção de desenhos

Compra da Pixar recoloca Disney no cenário de produção de desenhos

Estúdio tem apostado em filmes com animais falantes

AFP

Compra da Pixar recoloca Disney no cenário de produção de desenhos

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Menos de um ano depois de assumir como CEO da Walt Disney Company, em 2005, Bob Iger anunciou a compra da Pixar, que tinha substituído a Disney como o lugar onde se produziam desenhos de qualidade. "Tínhamos uma emergência porque precisávamos infundir o estúdio com grandes talentos da animação", disse Iger em uma entrevista coletiva durante a convenção para fãs do estúdio, a D23.

A iniciativa deu mais do que certo, como provam os oscarizados Operação Big Hero e Frozen - Uma Aventura Congelante. Os estrondosos 1,2 bilhão de dólares faturados pelo filme com as princesas Elsa e Anna confirmam que a ideia foi bem elaborada.

"O estúdio está de volta por causa das pessoas que trabalham lá", disse John Lasseter, diretor criativo da Disney Animation e da Pixar, em sua apresentação para uma plateia de 7,5 mil fãs e jornalistas, no centro de convenções de Anaheim, ao lado da Disneyland.

Um gostinho das próximas atrações


O evento deu um gostinho das próximas atrações, como Zootopia, de Byron Howard e Rich Moore, com estreia prevista para fevereiro. "Sempre adorei as animações da Disney com animais falantes, ainda mais aqueles em que eles usam roupas", contou Lasseter.

Zootopia é uma cidade feita por e para bichos - a equipe foi ao Quênia para observar de perto a fauna em seu habitat natural. Mas depois foi preciso uma dose de imaginação para colocá-los sobre duas patas, como seres humanos. Os personagens principais são a coelha policial Judy e a raposa Nick. A cantora Shakira faz Gazelle. A plateia se divertiu com trechos do filme em que Nick tenta comprar um picolé para seu filho adotivo, que pensa ser um elefante, e quando ele e Judy procuram uma informação num departamento de trânsito em que todos os funcionários são bichos-preguiça.

A princesa do Pacífico Sul

A mais nova princesa da Disney vai ser uma moradora de uma ilha no Pacífico Sul. Moana, de John Musker e Ron Clements, estreia no final de 2016 e mostra a personagem-título numa viagem pelo mar na companhia do semideus Maui, que se transforma em animais e é dublado por Dwayne Johnson. Antropólogos, historiadores e anciãos daquela região serviram como consultores.

A companhia não vai abandonar os contos de fada. Agora, é a vez de João e o Pé de Feijão, transformado em Gigantic, de Nathan Greno, um musical com canções da mesma dupla que fez Let it Go (ou Livre Estou, em português), de Frozen, Kristen Anderson-Lopez e Robert Lopez. "É meu conto de fadas favorito e não tem uma versão definitiva", disse Lasseter. Os criadores decidiram ambientar a história na Espanha das grandes explorações marítimas. Uma das gigantes encontradas pelo protagonista acima das nuvens é Inma, de 11 anos, inspirada por uma garotinha espanhola espevitada
encontrada pela equipe na viagem de pesquisa.

Com o retorno triunfal do Walt Disney Animation, a Pixar, companhia fundada por John Lasseter, está tentando não ficar para trás. Divertida Mente, de Pete Docter, foi um sucesso de crítica e de público. Seu lançamento em DVD vai vir acompanhado de um curta, Riley's First Date (o primeiro encontro de Riley). O próximo longa-metragem é "O Bom Dinossauro", de Peter Sohn, com lançamento em janeiro no Brasil. "É um filme em que o dinossauro é o menino, e o menino é o cachorro", disse o diretor sobre a amizade de um dinossauro e um garoto pré-histórico. Nas cenas apresentadas na D23, impressionaram as paisagens, que parecem filme de verdade, mas são animação.

A Pixar também permanece apostando em sequências como Procurando Dory, de Andrew Stanton e Angus MacLane, continuação de Procurando Nemo, e Toy Story 4, com direção do próprio John Lasseter. "Vai ser uma história de amor entre Woody e Betty, inspirada pela minha mulher Nancy", disse Lasseter, emocionado. 

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