Crônicas campeiras chegam ao acampamento

Crônicas campeiras chegam ao acampamento

Jornalista do Correio do Povo e escritor Paulo Mendes realiza sessão de pré-lançamento de "Campereadas – Coração de Pandorga"

Correio do Povo

Paulo Mendes assina desde 2009 a coluna "Campereadas" no Correio do Povo

publicidade

O jornalista do Correio do Povo, cronista e escritor Paulo Mendes realiza o pré-lançamento de “Campereadas – Coração de Pandorga” (Libretos Editora, 164 páginas), obra na qual reúne 70 crônicas campeiras publicadas na edição dominical do jornal. Em seu quarto livro, Mendes se consolida como um cronista regionalista-contemporâneo, com sua escrita permeada por memórias afetivas. O evento ocorre neste sábado, 16 de setembro, às 13h, no Acampamento Farroupilha (Piquete Estrela Gaudéria), junto com o lançamento de “Entrevero Literário – Contos, poemas e otras cositas más”, de Nandi Barrios. A entrada é pelo portão da Rótula das Cuias. 

A capa traz a reprodução de uma pintura digital do escritor e roteirista Tailor Diniz, amigo e conterrâneo do autor. Segundo o autor, este livro chega num momento de renovação, de esperança, de vontade de voar, de celebrar a vida, como uma andorinha que corta os ares e que volta todo ano. Como é lindo viver, como a vida é rara. Esta obra vem dizer apenas isso, “viva da melhor maneira que puderes viver, essa experiência nos foi dada como um presente, então temos que curti-la todos os dias e noites, não podemos desperdiçar”.

“No livro está meu coração e minha alma. Guri, queria ser jogador de futebol, mas ao datilografar na Olivetti e ler para o pessoal no bolicho um causo, todos disseram que tinha que seguir escrevendo. Na época, contei a caçada que a mãe, a bolicheira, fez aos ladrões de uma ovelha. Ela deu de mão em um revólver Rossi, calibre 22, que falhou em todos os tiros. Todos riram e pediram para contar de novo. Histórias como esta têm várias, de memória, relatadas com a verve de um regionalismo revigorado. Causos de gente simples do campo, crônicas de um imaginário que ainda vive em nossos corações”, recorda Mendes. 

Natural de Cacequi (RS), aos três anos Mendes foi morar em uma chácara nos arredores de Júlio de Castilhos (RS). Ele aprendeu a ler nos rótulos de mercadorias das prateleiras e nas páginas amareladas de edições antigas do Correio do Povo, orientado pela mãe, dona Mirica. Ainda guri, ganhou uma máquina de escrever Olivetti e se entusiasmou a contar tudo aquilo que via e ouvia da boca de peões, changueiros, tropeiros e tratoristas, gente humilde do campo que nunca teve voz. Fez Comunicação Social pela Universidade Federal de Santa Maria, em 1986, e se tornou Mestre em Letras - Literatura Brasileira, pela Ufrgs. Desde 1990 trabalha no Correio do Povo, e, em 2009, passou a assinar a coluna dominical no Correio do Povo Rural.


Mais Lidas

Guia de Programação: a grade dos canais da TV aberta desta quarta-feira, dia 1 de maio de 2024

As informações são repassadas pelas emissoras de televisão e podem sofrer alteração sem aviso prévio

Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895