Curtas franceses são exibidos nas escadarias do Viaduto Otávio Rocha

Curtas franceses são exibidos nas escadarias do Viaduto Otávio Rocha

Atividade movimentou a noite de domingo no Centro Histórico

Felipe Sameul

Famílias, grupos de amigos, idosos e crianças ocuparam os quatro espaços onde os filmes foram rodados

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Três curtas metragens franceses apresentados nas escadarias do Viaduto Otávio Rocha movimentaram a noite de domingo no Centro Histórico. Famílias, grupos de amigos, idosos e crianças ocuparam os quatro espaços onde os filmes foram rodados. Mesmo com a baixa temperatura, que marcava 20 graus no início do primeiro, centenas de pessoas se aglomeraram nas escadas com cadeiras, bebidas, casacos e comidas.

Nem o vento gelado que atingiu a região espantou os cinéfilos, que acompanharam a apresentação dos filmes organizada pela curadoria de cinema independente Lora. A 3ª edição do evento deste ano exibiu três títulos: Cachorro Azul, A Fera (indicado ao Oscar de melhor curta) e Um Homem, Meu Filho. A engenheira Helena Carniel, 64, encarou o frio para assistir à apresentação em pé nas escadarias. "Apoio essa iniciativa. Ocupar os espaços públicos da cidade ajuda a diminuir a violência", alerta.

Uma das organizadoras da exibição, Manuela Fetter Nicoletti explica que uma parceria firmada com o Festival de Cinema Online Francês (My French Film Festival), que acontece uma vez ao ano, permite a veiculação das obras ao ar livre. Manuela afirma que o objetivo é buscar filmes de todos os lugares do mundo, que muitas vezes não são apresentados no Brasil, e exibi-los fora da sala tradicional de cinema. "A gente licencia a legenda em português e traz para exibição, no que estamos chamando também de espaços alternativos de exibição", pontua.

A mobilização do coletivo Lora envolve cinéfilos e cineastas, onde 'muitos produzem e outros só especulam cinema', que procuram espaços públicos e privados para exibição dos títulos. "A gente sente falta de ter acesso de alguns conteúdos, de cinema independente estrangeiro, e principalmente curtas metragens também. A gente acaba buscando isso através de catálogos de festivais de cinema do mundo inteiro, e entra em contato direto com os produtores e realizadores lá fora para trazer os filmes deles para cá", salienta.

Além de transformar as escadarias em 'salas' mais intimistas de cinema, o evento é uma forma de reunir famílias e amigos. "Se torna um ambiente voltado à cultura e à convivência social nos espaços públicos", observa. Conforme Manuela, através do cinema, é possível ressignificar a ocupação de espaços públicos. "Redimensionando a tela do cinema para as dimensões arquitetônicas da cidade, a gente consegue ocupar de maneira diferente as ruas, ficar por mais tempo e aproveitar a rua, a nossa cidade, os pontos turísticos e valorizar nossos espaços", completa. 


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