Deep Purple faz quinto show em Porto Alegre na noite de hoje
Banda retorna aos palcos gaúchos a partir das 21h
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A primeira formação contava ainda com o vocalista Rod Evans, o baixista Nick Simper, o baterista Ian Paice e o tecladista Jon Lord. Eles gravaram três discos, que não obtiveram muito sucesso: “Shades of Deep Purple”, “Book of Talyesin” e “Deep Purple”. Já em 1969, uma guinada radical que levaria o grupo ao estrelato em poucos anos. Entravam o vocalista Ian Gillan e o baixista Roger Glover. O grupo experimentava novos sons, mesclando o hard rock com música clássica. Aliás, a mistura de guitarra e teclado, com riffs vigorosos são o destaque das músicas do grupo.
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O primeiro disco com a nova formação é “Concerto for Group & Orchestra”, mas ainda assim o Deep Purple não foi um sucesso de público, o que só ocorreria em 1970, com o lançamento do álbum "Deep Purple In Rock", que trouxe os sucessos “Child in Time” e “Speed King”. Na sequência sairia “Fireball”. Até que, em 1972, o estouro mundial chegava com o disco “Machine Head”. A bolacha simplesmente trazia os petardos “Highway Star” e “Smoke on the Water”, cujo riff é considerado o melhor de toda a história do rock, superando preciosidades como “Iron Man”, do Black Sabbath; “Whole Lotta Love”, do Led Zeppelin; e “Smells Like Teen Spirit”, do Nirvana.
Com o sucesso, o Deep Purple caiu na estrada, lançando após a turnê outro disco clássico, “Made in Japan”. Mas os egos, a esta altura, já estavam inflados, e ocorreria a saída de Ian Gillan e Roger Glover. Eles seriam substituídos pelo muso David Coverdale e Glenn Hughes. Com os dois foram lançados os discos “Burn” e “Stormbringer”, em 1974. Só que nos bastidores havia muito atrito entre Coverdale e Ritchie Blackmore, que acabaria deixando o grupo. Dois anos depois, o Deep Purple terminava sua trajetória pela primeira vez, após a morte do substituto de Blackmore, o guitarrista Tommy Bolin, por causa de uma overdose de heroína. Então um hiato de oito anos, com os integrantes se envolvendo em diversos projetos, como o Rainbow, Ian Gillan Band e Whitesnake.
• As passagens do Deep Purple pela Capital
A volta seria extremamente exitosa, em 1984, trazendo todos os integrantes da segunda formação: Ian Gillan, Ritchie Blackmore, Ian Paice, Jon Lord e Roger Glover, com o excelente álbum Perfect Strangers, que trazia ótimas canções, como a faixa-título, além de “Knocking at Your Back Door”, “Under the Gun”, “A Gypsy’s Kiss” e “Hungry Daze”. Um disco para estar na discoteca de qualquer roqueiro. Após mais três discos, os atritos continuavam, provocados pelo guitarrista Ritchie Blackmore, que em meados dos anos 1990 saiu do grupo, sendo substituído por Steve Morse, até hoje presente na formação. Em 2002, quem deixou o grupo foi o tecladista Jon Lord, que cansou das viagens ele acabaria morrendo vítima de câncer em 2012. Seu substituto é Don Airey, 66 anos, que já havia tocado com Ozzy Osbourne.
O Deep Purple chega pela quinta vez a Porto Alegre, agora na turnê do disco “Now What?!,”, lançado em 2013. Seu mais antigo integrante é o baterista Ian Paice, 66 anos, presente desde o começo, lá em 1968. O vocalista Ian Gillan, aos 68 anos, já não consegue mais atingir as notas que fizeram sua fama nos anos 1970 e 1980, quando inclusive participou do disco “Born Again”, do Black Sabbath.
Apesar da idade, Gillan garante que ainda tem muita lenha pra queimar em turnês e compondo material novo. “Já nos chamaram de roqueiros velhos, pensionistas do rock e dinossauros”,lembra Gillan. “Quer dizer, eu tenho um couro grosso, eu entendo isso, claro, se os jovens dizem, ‘Sai da frente, vovô! Morre de uma vez!’, eu penso comigo mesmo e daí respondo: Vai se f...”. Roger Glover também está com 68 anos.O novato da turma é o guitarrista Steve Morse, com 59 anos. Ritchie Blackmore, hoje, com 69 anos, está voltado a fazer músicas medievais no seu Blackmore’s Night.