Desenhos de caderno perdido de Van Gogh não são do pintor, afirma museu
Especialistas levam em conta aspectos como tipo de tinta usada, o estilo dos desenhos e erros topográficos
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Esses especialistas "examinaram o estilo, a técnica e a iconografia", o que lhes permitiu constatar "distintos erros topográficos nas imagens e que seu autor se baseou em desenhos descoloridos de Van Gogh", informou o museu. O editor francês Le Seuil apresentou nesta terça-feira em Paris o caderno com 65 desenhos, que será publicado na quinta-feira na França, nos Estados Unidos, no Reino Unido, na Alemanha, na Holanda e no Japão.
O caderno - de 288 páginas e intitulado "Vincent Van Gogh, le brouillard d'Arles, le carnet retrouvé" (Vincent Van Gogh, a névoa de Arles, o caderno recuperado) - é assinado por uma das melhores especialistas da obra do pintor holandês, a canadense Bogomila Welsh-Ovcharov. Segundo o editor, os desenhos foram feitos a tinta no livro de contabilidade de um hotel de Arles, no sudeste da França, onde o artista se hospedava.
Os desenhos, em sua maioria paisagens, cobrem o período em que Van Gogh viveu no sul da França, desde a sua chegada a Arles em fevereiro de 1888 até quando partiu para uma casa de saúde em Saint-Rémy-de-Provence, em maio de 1890. Van Gogh, morto em julho de 1890 aos 37 anos de idade, é considerado um dos artistas mais destacados de todos os tempos. Suas telas, expostas nos principais museus do mundo, estão entre os mais buscados pelos amantes da pintura.