Desfiles de alta-costura terão segurança reforçada em Paris
Checar bolsas e evitar concentrações de pessoas são algumas das medidas preventivas
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Exigir documento de identidade na entrada, checar bolsas, evitar concentrações de pessoas: a Federação francesa da Costura, em "cooperação estreita" com a polícia e os serviços estatais, emitiu recomendações para as marcas participantes. O objetivo "é proporcionar a maior segurança possível sem despertar inquietação", resume Pascal Morand, presidente executivo da Federação, ao destacar que "as medidas mais eficazes não são necessariamente as mais visíveis nem as mais comentadas".
A Chanel "fortalecerá sua organização, conforme recomendado pelas autoridades", indicou um porta-voz. Dior e Lanvin previram um reforço da segurança, e as marcas Yohji Yamamoto e Valentino pediram aos convidados que chegassem mais cedo devido aos procedimentos de controle na entrada. A Federação da Costura afirmou ser muito cedo para avaliar as eventuais repercussões dos atentados sobre a frequência dos desfiles.
Junto aos grandes nomes no programa das coleções masculinas de outono/inverno 2016/2017 também estão marcas mais jovens, com quatro estreantes nas passarelas parisienses (Avoc, OAMC, os japoneses Christian Dada e White Mountaineering). Diversas nacionalidades estão sendo representadas. Essa forte dimensão internacional é uma das características de Paris ante à Fashion Week de Nova York, Londres e Milão.
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"É muito importante para Paris ser o lugar onde todos venham buscar reconhecimento e conquistar uma legitimidade", comentou Pascal Morand. "Nestes últimos anos, Paris recuperou sua imagem. Existe a ideia de que é o lugar onde tudo acontece, ainda que trabalhemos muito bem com nossos amigos italianos e respeitemos integralmente o que é feito em Londres e Nova York", acrescenta o ex-diretor geral do Instituto Francês da Moda (IFM).