Detalhes que só fã enxerga. Saiba as curiosidades da “Olé Tour”

Detalhes que só fã enxerga. Saiba as curiosidades da “Olé Tour”

Os Rolling Stones apresentam um show mais simples, focado no puro rock'n'roll

Correio do Povo

Esta foi a estrutura que recebeu os fãs para os shows na Argentina

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Neste momento, enquanto você começa a ler este texto, milhares de pessoas estão ansiosas para que chegue logo o dia 2 de março. Elas estão prestes a serem coadjuvantes do que será, talvez, um dos maiores espetáculos de suas vidas: um show ao vivo dos Rolling Stones, que irão sacramentar sua estreia em Porto Alegre.

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Em termos de estrutura, a apresentação conduzida com maestria por um carismático Mick Jagger já foi daquelas de deixar qualquer mortal de boca aberta. Hoje, o que a tour “Olé” traz de mais precioso é o rock. A mais pura e simples definição do que é o bom e velho rock'n'roll.

“Desde 2012, quando os Stones comemoraram os 50 anos de carreira da banda, eles reduziram muito a parafernália. Os shows são bem mais simples, sem bonecos infláveis ou explosões mirabolantes. Há ainda [em 'Olé'] um palco enorme, com três telões gigantescos (dois nas laterais e um no centro), mas sem exageros. O principal hoje é a música e não mais a pirotecnia. Isso é um avanço para os fãs, que querem ver a banda e não bonecos infláveis”. 

A declaração/constatação é de um fã assumido, André Ribeiro, que no Facebook faz questão de adicionar “Stones” ao sobrenome para não deixar sombra de dúvidas sobre sua devoção pelos britânicos. O André, quando chegar na quarta-feira, dia 2 de março de 2016, quase perto da meia-noite, terá assistido a 17 shows dos Stones (e contando). Sendo que a tour de “Olé” ele acompanhou inteira, desde o primeiro acorde, em Santiago, no Chile.

Foi a partir desta maratona do André no calcanhar de Mick Jagger, Ronnie Wood, Keith Richards e Charlie Watts, que reunimos algumas curiosidades sobre a turnê latina dos britânicos. Dentre elas, que você pode esperar um espetáculo de luzes em perfeita sintonia, já que o responsável pela iluminação da banda no palco desde 1989 foi o mesmo que iluminou o Beira-Rio na festa de reinauguração.

Logo abaixo, confira mais detalhes que você, indo ou não indo curtir o espetáculo, vai gostar de saber sobre um dos maiores grupos de rock do mundo na ativa.

Um brinde à simplicidade

Amplificadores no chão, como se tocassem num clube, só que num clube para 50 mil pessoas. Ainda há explosões e piroctenias, mas muito menos do que a "Voodoo Lounge Tour" de 1995, a primeira a vir ao Brasil. Além disso, chama a atenção a forma como estão concentrados em tocar. O foco dos Stones está na música, e não mais no grande espetáculo.

Infra

O palco tem três telões. Dois laterais e um centralizado. Todo o show em termos visuais fica centrado neles e na iluminação muito bem desenhada por Patrick Woodroffe, ligthing designer da banda desde 1989, e que também foi responsável pela iluminação da festa de reinauguração do Beira-Rio - ou seja, o estádio não é novidade para ele.

Setlist

O show começa usualmente com Keith Richards tocando “Start me Up”, mas pode haver variação para “Jumpin' Jack Flash”. O show gira em torno de 18, 19 músicas, com duração próxima de 2h15min. Não há intervalos, mas Mick Jagger descansa quando Keith Richards assume para cantar duas músicas, que dificilmente escapam de “Happy”, “Before They Make me Run”, “You Got the Silver” ou “Slipping Away”.

Banda de apoio

Hoje, a banda de apoio tem Chuck Leavell (teclados), Matt Clifford (teclados), Darryl Jones (baixo), Bernard Fowler (backing vocals), Sasha Allen (backing vocals), Tim Ries e Karl Denson (saxofones). Bobby Keys, saxofonista histórico dos Stones, morreu em 2014. Foi substituído por Karl Denson, que é muito bom, mas não tem o mesmo carisma. Além disso, Lisa Fischer, backing vocal venerada pelos fãs, saiu em tour solo e foi substituída por Sasha Allen, o que foi grande perda, especialmente pela incrível interpretação da Lisa em “Gimme Shelter”, em dueto com Jagger.

Jagger boa praça

O Mick Jagger tá disposto, tá a fim dessa turnê. Mantém a energia em alta em todos os shows com um carisma incomparável. Ele fala em português, faz gracinhas e aquelas piadinhas clássicas com questões locais.

Errar é humano

Os Stones erram, sim. O Jagger esquece letras, apesar de ter um teleprompter lembrando as canções o tempo todo. Às vezes, é para tocar uma música e o Keith sai tocando outra, mas eles seguem como se nada tivesse acontecido, até porque 99% do público nem percebe. Enfim, são como uma banda de rock'n'roll de garagem, tosca, crua.... e é esse um dos antídotos que os faz serem um dos maiores do mundo até hoje.

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