Diogo Nogueira mostra seu show mais autoral no RS

Diogo Nogueira mostra seu show mais autoral no RS

Apresentações celebram o disco “MunduÊ” e os mais de 10 anos de carreira em NH e na Capital

Luiz Gonzaga Lopes

Diogo Nogueira: “Porto Alegre é uma cidade linda. Morei aí antes da fama, quando joguei no Cruzeiro”

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Para celebrar os 10 anos de carreira, completados em 2017, o cantor e compositor Diogo Nogueira está na estrada com o show do elogiado novo álbum “MunduÊ”, seu primeiro projeto inteiramente autoral e que traz sonoridade que privilegia a batucada, a percussão e o samba de raiz. Com cenário de Helio Eichbauer e luz de Arthur Farinon, o espetáculo tem apresentações confirmadas nesta sexta, no Teatro Feevale, em Novo Hamburgo; e sábado, às 21h, no Teatro do Bourbon Country, em Porto Alegre. Os ingressos custam entre R$ 120 e R$ 200 pelo site e nas bilheterias dos teatros.

No repertório, o sambista traz destaque para o samba com pé no chão, com muito batuque, foco na ancestralidade, através de músicas inéditas de sua autoria e também composições que fizeram sucesso e marcaram a sua carreira. Destaque para as canções “Coragem”, faixa de trabalho, e “MunduÊ”, que dá título ao disco. “Coragem é a música no qual todos acreditamos muito, pois tem a frase do Guimarães Rosa, de que a vida 'ela quer da gente é coragem', e está cada vez mais atual neste Brasil que vivemos, país no qual precisamos de força e coragem para continuar vivendo e vencendo”, afirma o sambista de 36 anos.

O disco é produzido por Rafael dos Anjos e Alessandro Cardozo e conta com 14 faixas, todas assinadas por Diogo Nogueira com parceiros como Hamilton de Holanda, Leandro Fregonesi, Fred Camacho, dedicando o trabalho a mestres do gênero, como Noel Rosa, Zeca Pagodinho, Cartola, Candeia, Monarco, Paulinho da Viola, Jorge Aragão, Wilson das Neves e Nelson Cavaquinho. “Este é quinto disco de estúdio, mas é puro samba. Tudo começou com o DVD 'Alma Brasileira'. Durante o processo, eu percebi que tinha uma grande quantidade de músicas autorais. Eram umas cento e poucas músicas. Chamei o Rafael dos Anjos e o Alessandro Cardozo para fazer o processo de separar as músicas essenciais para gravar, a maioria em parceria com jovens compositores”, declara Diogo.

Sobre o título do álbum, “MunduÊ”, o filho de João Nogueira (1941 -2000) não sabe dizer quem inventou o termo ou se ele já existia e a gente se apropriou. "Aconteceu aqui em casa, com o Hamilton de Holanda e o Bruno Barreto, ao criar a música a expressão parecia ser como um deus ou uma outra personalidade e assim ficou”, explica.

Outras faixas do disco que estarão no show evocam o samba de raiz e a crise como “Império e Portela”, homenagem a duas grandes escolas de samba do Rio de Janeiro, Império Serrano e Portela que foi gravada por Arlindinho, filho de Arlindo Cruz; e “Tempos Difíceis”, um recado político com estes termos: “Tempos difíceis pra quem sonha com justiça/ Pra quem quer dignidade em cada palmo desse chão/ Tempos sombrios pra quem busca igualdade /Pois não há felicidade se na mesa falta o pão”.

“Acho que o samba sempre esteve ali. Alguns gêneros entram e saem e o samba sempre continua em alta, com uma bela nova geração. Acho importante também passarmos uma mensagem mais política, de fé e esperança. É o que tento passar em algumas músicas”, observa, dizendo admirar caras como Gabriel Moura e representantes de outros gêneros como Seu Jorge e Djavan.

Sobre a apresentação no Rio Grande do Sul, Diogo Nogueira destaca a super expectativa por dois motivos: saber que o Estado tem fama de gostar e fazer bom samba e também por já ter morado em Porto Alegre antes de começar a carreira de sucesso. “Entre 2005 e 2006, morei em Porto Alegre, eu jogava futebol no time do Cruzeiro. Quando tinha folga, gostava de dar um rolê, passear na beira do Guaibão. É uma cidade linda, com um povo maravilhoso”, finaliza.

A banda que acompanha Diogo no show é formada por João Marcos (baixo e direção musical), Henrique Garcia (cavaquinho), Wallace Pres (violão), Jefferson Gordo (bateria), Maninho (percussão), Bruno Barreto (percussão e coro), Wilsinho (percussão) e Fabiano Segalote (trombone).

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