Diretor de "Esquadrão Suicida" comenta polêmica sobre versões do filme
David Ayer afirmou que há material extra, mas que o corte final é o dele
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"Definitivamente, temos uns 10 minutos de material extra. Mas esse corte do filme é o meu corte. Não há esse tipo de universo paralelo com um filme diferente, o que saiu é o meu filme", garantiu. Ele também falou sobre como essa questão é central em seu trabalho. "Uma das coisas mais difíceis em escrever, filmar e dirigir um filme é que você termina com esses órfãos, você os adora e acha que eles dariam cenas incríveis, mas fazer um filme é uma ditatura e não uma democracia", brincou. Em seguida, afirmou: "Ser algo divertido e carismático não necessariamente quer dizer que isso vai sobreviver ao corte final. A fluidez do filme é que manda".
Para explicar melhor a questão, Ayer ainda abordou o processo de filmagens, demonstrando como a vida no set é bem diferente do que as pessoas imaginam. "Acho que há um mal-entendido sobre fazer um filme. As pessoas pensam que existe uma bola de cristal e que você sabe exatamente como tudo vai acontecer", disparou.
O diretor tentou exemplicar a situação da seguinte maneira: "Existe todo um roteiro que estava em uma página, em uma página preta e branca, e quando você está no set, precisa lidar com tomadas, e prévias das filmagens, e aí tem uma cena de 7 minutos e talvez só 10 segundos dela termine no filme", disse. "Existem combinações infinitas, efeitos improvisados, e é uma mistura estranha que acontece. Coisas que você pensou durante o processo, que você quebrou a cabeça tentando explicar e precisou de três páginas para isso, você percebe que funciona com apenas um olhar para a câmera durante a montagem”, concluiu.