Disco de show “A Marca da Zorra”, de Rita Lee, chega aos players de música

Disco de show “A Marca da Zorra”, de Rita Lee, chega aos players de música

Tour clássica de 1995 tem direção musical e arranjos de Roberto de Carvalho e celebra o bom e velho rock

Correio do Povo

Disco show "A Marca da Zorra", de Rita Lee, chegou aos players no final de dezembro

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Em texto do jornalista e pesquisador Guilherme Samora para a Universal Music a descrição de “A Marca da Zorra” ganha contornos épicos: “O cenário reproduzia um castelo, escuro, bem estilo filme de terror. Das escadas, com cabelos repicados, roupa preta justa e um costeiro vermelho vivo, Rita Lee descia e provocava: "Que porra é essa? Essa é a marca da zorra!". O trecho é do refrão de "A Marca da Zorra", música título composta por Rita e Roberto de Carvalho especialmente para a tour de 1995”.

O disco ao vivo, gravado no Rio de Janeiro e produzido por Roberto de Carvalho, chegou aos players de música no final de dezembro pela Universal Music, próximo da data em que a Rainha do Rock completaria 76 anos, que seria o 31 de dezembro último.

Segundo Samora, a abertura é um dos detalhes especiais pensados pelo casal para aquela que seria a primeira turnê desse porte - com tema, cenário e troca de roupas - desde a "Tour 87/ 88". Vale lembrar que Rita foi pioneira nesse modelo de show, desde os anos 1970. “Entretanto, antes da “Zorra”, ela vinha de uma bem-sucedida temporada do ‘Bossa'n'Roll’, seu show banquinho e violão que abriu caminhos para os acústicos que vieram a seguir. A ideia do retorno triunfal aos grandes concertos começou no Hollywood Rock de 1995, quando Rita, Roberto e banda tocaram no festival, abrindo para os Rolling Stones. Essa foi a deixa para "A Marca da Zorra". Concebido para ser um show que celebra o rock de Rita, o trio de canções que vem seguindo a abertura é matador: "Nem luxo, nem lixo", "Dançar pra não dançar" e "Jardins da Babilônia". A direção musical e os arranjos de Roberto são perfeitos para o clima mais pesado que permeia todo o show”.

A digressão e a análise do jornalista e estudioso do legado cultural de Rita Lee segue: “Na sequência, Rita levitava no palco ao cantar ‘Ando meio desligado’. Com uma capa, a ilusão era perfeita e o público vibrava. O cenário e o figurino foram assinados por Chico Spinosa. A vibe teatral de Rita seguia com "Vítima", quando ela vagava pelo palco de capa e chapéu cantando à procura de seu misterioso perseguidor. Transformando-se, a própria, na perseguidora. Um mini-helicóptero sobrevoava o palco nesse momento. "Todas as mulheres do mundo" vem a seguir, numa pauleira-feminista que incendeia o palco. Ouvir o show novamente é uma lembrança viva de um dos inúmeros talentos de Rita: ninguém ocupava o palco como ela”.

Na descrição de Samora, Rita faz outra troca de figurino e Roberto assume o microfone em um ótimo vocal displicente-pauleira para "Papai, me empresta o carro". No show, Roberto está na guitarra e vocais; Lee Marcucci no baixo; Paulo Zinner na bateria; Ronaldo Paschoa na guitarra e Fábio Recco nos teclados.

"Rita voltava como uma entidade, debaixo de um figurino branco, cantando ‘Atlântida’, uma das preferidas dos fãs. E por falar em preferida dos fãs, ‘Mamãe Natureza’ vem na sequência e, logo depois, o hino ‘Ovelha Negra’ - com o público cantando do início ao fim. Virginia, irmã de Rita, fazia vocais nessas duas canções. Uma curiosidade: como o show celebrava os rocks mais pesados de Rita, os rockarnavais - como ‘Chega Mais’ e ‘Banho de Espuma’ - ficaram de fora. No fim do show, dá para ouvir as pessoas pedindo "Lança Perfume", que também não estava no repertório”.

A descrição da apresentação do show de “A Marca da Zorra” segue com "Miss Brasil 2000". “Uma modelo nua por debaixo de uma capa rosa desfilava pelo palco. A icônica ‘On the rocks’ vem em seguida com um arranjo delicioso e vocais urgentes de Rita. Para fechar, o rockão paulista ‘Orra Meu’, quando ela troca os versos "roqueiro brasileiro/ sempre teve cara de bandido" para "roqueiro brasileiro/ já não tem mais cara de bandido". Nesse momento, Rita estava vestida de boba da corte. Um jeito apoteótico e perfeito para fechar a celebração da Zorra. Uma celebração à roqueira-mor que, para deleite dos fãs, finalmente chega aos players e celebra o legado de nossa deusa. Ave, Rita!”, descreve ao final do texto o jornalista Guilherme Samora.

“Rita Lee completaria 76 anos no dia 31 de dezembro. No mês de aniversário da nossa inesquecível roqueira, celebramos o seu maravilhoso legado com o lançamento deste álbum ainda inédito nas plataformas digitais. É um presente mais do que especial para todos os seus fãs”, diz Paulo Lima, presidente da Universal Music Brasil.


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