Disco póstumo de Amy Winehouse chega ao País

Disco póstumo de Amy Winehouse chega ao País

"Lioness: Hidden Treasures" tem gravações alternativas aos sucessos da cantora

AE

Disco póstumo de Amy Winehouse chega ao País

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Amy Winehouse deixou o mundo de maneira precoce, em 23 de julho do ano passado. E, como é de praxe no mercado fonográfico o lançamento de discos póstumos, com Amy não foi diferente. Depois de chegar aos Estados Unidos e Europa no fim do ano passado, agora é lançado no Brasil o álbum "Lioness: Hidden Treasures".

Tudo não poderia ser mais oportuno e, a princípio, dá a sensação de ter sido mais uma manobra mercadológica do que em honra à maior voz feminina dos anos 2000. Amy morreu em julho e, às vésperas do Natal, no dia 2 de dezembro, o disco saiu oficialmente no exterior. A dúvida é: em pouco mais de quatro meses, foi possível encontrar os tais "tesouros escondidos", como diz o título do trabalho?

Primeiro, é preciso entender que este não é o tão falado terceiro disco que foi recusado pela gravadora. O sucessor de "Frank" (2003) e "Back to Black" (2006) não foi aceito, na época, por contar com uma mudança muito drástica em sua sonoridade: Amy havia deixado o soul e o jazz e desbravava o ska e o reggae.

Trata-se, então, de um disco de achados dos produtores, com gravações alternativas aos sucessos da cantora. São raspas do tacho de talento deixadas por Amy em estúdios em Nova York e Londres, nos computadores dos dois produtores que a acompanharam sempre. Ouvindo o disco como um todo, é possível perceber o esforço de Mark Ronson e Salaam Remi em manter o padrão de qualidade dos outros dois discos de Amy.

"Like Smoke", quinta faixa, é quase um milagre dos estúdios. Com apenas alguns versos cantados por Amy, foi chamado o amigo da cantora, o rapper Nas, para versar sobre uma base e misturou as duas partes. É também a canção menos significativa para a obra de Amy como um todo.

O disco começa com "Our Day Will Come", canção em que fica evidente o flerte com o ska. "Between The Cheats", a música seguinte, também seria do tal terceiro disco, mas ela se volta para um soul datado de antes do Motown, com mais suingue.

É quando chega a primeira preciosidade de "Lioness", a primeira versão de "Tears Dry On Their Own", sem os retoques de Remi que transformaram a canção em um hit. É ali o talento puro e bruto de Amy. Na versão que ela sempre quis, na sua levada. E a música faz valer todo o resto. "Valerie", outro megassucesso que se ouve aqui, é o resultado apenas de alguns ensaios. É cru, meio no improviso, no melhor estilo jazzy que Amy era capaz de criar. Para os brasileiros nacionalistas, ainda é possível curtir "The Girl From Ipanema", versão da bossa nova de Tom Jobim e Vinicius de Moraes. Seja uma bela homenagem póstuma ou oportunista, o disco vale pelo talento de uma diva. As informações são do Jornal da Tarde.


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