Documentário exibido em Cannes mostra a vida trágica de Whitney Houston
Filme retratou história de família e revelou possível abuso sexual sofrido durante a infância
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Houston, com uma trajetória brilhante afetada por problemas com as drogas, foi encontrada morta em fevereiro de 2012, aos 48 anos, na banheira de um quarto de hotel de Los Angeles. Autorizado pela família, o documentário mostra várias imagens de arquivo, em sua maioria inéditas, sobretudo gravações e fotos de família, e depoimentos de pessoas próximas, incluindo os irmãos, a mãe, o ex-marido Bobby Brown e alguns colaboradores. Na busca por explicações para os problemas da cantora, o documentário inclui três depoimentos de pessoas próximas que afirmam que Whitney Houston teria sido agredida sexualmente por sua prima, a cantora Dee Dee Warwick, falecida em 2008, irmã da cantora Dionne Warwick e sobrinha da mãe de Whitney, Cissy Houston, também cantora.
Este segredo de família é abordado por seu meio-irmão Gary Garland-Houston - que também afirma ter sido agredido sexualmente -, por sua cunhada Pat Houston e por sua assistente pessoal Mary Jones. "Durante muito tempo, assistindo pela TV, algo me dizia 'há alguma coisa nesta mulher que parece refletir um mal-estar. De certa maneira, parece não gostar de seu corpo'", disse Kevin Macdonald, vencedor do Oscar de melhor documentário em 2000 por "Um Dia em Setembro", sobre o sequestro de atletas israelenses nos Jogos Olímpicos de Munique-1972. "Sempre me perguntei 'Quem é? De onde vem?'. Comecei a questionar se alguém teria abusado dela, ou algo parecido. Depois alguém me disse que falou sobre isto com Whitney e que ela disse que era o que havia acontecido e era a origem de sua tristeza. No final, o irmão falou sobre isto, depois a cunhada e depois a assistente", disse.