Documentarista brasileiro está entre latinos na disputa pelo Oscar

Documentarista brasileiro está entre latinos na disputa pelo Oscar

'Onde Eu Moro', dirigido por Pedro Kos, acompanha várias pessoas em situação de rua na costa oeste dos Estados Unidos

AFP

Cena de 'Onde Moro', disponível na Netflix

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Em um momento em que o público demanda uma maior diversidade e representatividade no cinema, vários latino-americanos estão na corrida por alguns dos maiores prêmios do Oscar deste domingo, dia 27. Entre eles, o brasileiro Pedro Kos, pelo documentário "Onde Eu Moro".

O filme, que acompanha várias pessoas em situação de rua na costa oeste dos Estados Unidos, é dirigido por Kos, do Rio de Janeiro, em parceria com o americano Jon Shenk. Eles estão indicados na categoria de melhor documentário em curta-metragem.

Se o curta levar a estatueta, seria um reconhecimento para o Brasil, que no passado já participou da disputa sem sucesso: "Cidade de Deus" (2002) e "Central do Brasil" (1998) concorreram a melhor filme estrangeiro e "Democracia em Vertigem" (2019) a melhor documentário.

Já o longa "Diários de Motocicleta" (2004), do brasileiro Walter Salles, ganhou o prêmio da Academia por sua canção original, "Al otro lado del río", do uruguaio Jorge Drexler.

- Latinos nas animações -

"Encanto", da Disney, que acumula indicações a melhor animação, canção original e trilha sonora, é uma carta de amor à Colômbia com um elenco diverso que permite ao público latino-americano se ver representado na tela do cinema.

Lin-Manuel Miranda, de 42 anos e ascendência porto-riquenha, abraçou os ritmos latinos para compor a trilha sonora do filme, junto com a americana Germaine Franco, que conta com a participação dos músicos colombianos Sebastián Yatra e Carlos Vives.

Se a música "Dos Oruguitas" vencer, Miranda entrará no exclusivo clube dos "EGOT", os ganhadores do Emmy, Grammy, Oscar e Tony.

Outro filme que retrata a comunidade latina, a versão de Spielberg do clássico musical "Amor, Sublime Amor" colocou a americana de pai porto-riquenho Ariana DeBose, de 31 anos, na disputa pelo prêmio de melhor atriz coadjuvante.

Enquanto isso, "O Beco do Pesadelo", do mexicano já vencedor do Oscar Guillermo del Toro, concorre a melhor filme, fotografia, direção de arte e figurino. O longa é uma parábola sobre a natureza humana que se passa nos circos dos EUA nos anos 1940.

O Chile, por sua vez, marca presença este ano com "Bestia", indicado a melhor curta-metragem de animação. Inspirado na vida de Íngrid Olderöck, cruel torturadora da ditadura de Augusto Pinochet, o filme em stop-motion é dirigido por Hugo Covarrubias (44) e Tevo Díaz (50).

Além de "Encanto", mais dois longas animados indicados ao Oscar contam com nomes latinos. O mexicano Carlos López Estrada é um dos quatro diretores de "Raya e o Último Dragão" e o americano de ascendência cubana Phil Lord é produtor de "A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas".

 

 


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