Domício Proença Filho é novo presidente da Academia Brasileira de Letras
Escritor foi eleito por unanimidade dos 40 acadêmicos no Petit Trianon
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Carioca, nascido em 1936, Domício Proença Filho é o segundo negro a presidir a academia, depois do fundador Machado de Assis. A chapa que ele encabeça também traz uma novidade, a presença de duas mulheres, ambas ex-presidentes da Casa, as escritoras Nélida Piñon, secretária-geral, e Ana Maria Machado, primeira-secretária. Os demais integrantes são os acadêmicos Merval Pereira, segundo secretário, e Marco Lucchesi, tesoureiro.
Autor de 65 livros, entre obras didáticas, de crítica e ensaio, poesia e ficção, Domício Proença Filho viveu sua infância e adolescência na Ilha de Paquetá, onde fêz o curso primário numa escola pública. Depois, cursou o ginasial e o clássico no Colégio Pedro II e se formou em Letras Neolatinas pela Faculdade Nacional de Filosofia, da então Universidade do Brasil, hoje UFRJ.
Professor emérito e titular da cadeira de literatura brasileira na Universidade Federal Fluminense (UFF), hoje aposentado, Proença Filho lecionou ainda em outras universidades cariocas e ministrou cursos de literatura brasileira em universidades estrangeiras. Também produziu programas para o Serviço de Radiodifusão Educativa do Ministério da Educação (MEC) e criou projetos culturais, como a Bienal Nestlé de Literatura.
Na ABL, ocupa a cadeira 28, para a qual foi eleito em 2006, sucedendo ao acadêmico Oscar Dias Corrêa. Após o anúncio dos eleitos, os votos foram incinerados, como manda a tradição da Casa. A posse da nova diretoria da ABL será no próximo dia 17, às 17h, também no Petit Trianon.