Drexler é ovacionado com “Tinta y Tiempo”

Drexler é ovacionado com “Tinta y Tiempo”

Artista uruguaio encantou público em show neste domingo e se prepara para despedida da turnê no Brasil nesta terça-feira no Araújo Vianna

Marcos Santuario

O cantautor uruguaio Jorge Drexler fez, na noite deste domingo, dia 25, seu show "Tinta y Tempo", com bis nesta terça-feira, dia 27, em Porto Alegre

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Aplaudido de pé, o cantautor uruguaio Jorge Drexler fez, na noite deste domingo, seu primeiro show de despedida da turnê “Tinta y Tiempo” em Porto Alegre. O show final, que encerra a turnê no Brasil será nesta terça-feira, dia 27, às 21h, novamente no Araújo Vianna. Do início ao fim, o espetáculo envolve o público, marcado em sua maioria por fãs de Drexler. 

A voz da prima venezuelana abre a apresentação com a reprodução de mensagens enviadas por WhatsApp para Drexler. Logo ele irrompe no palco, com balanço e uns poucos minutos tocando charango cantando que “el amor és el plan maestro”. Consegue seu coro já neste começo de show, conclamando o amor entre pessoas como “duas laranjas inteiras e não duas metades”. Seguiu cantando em busca do “cinturon blanco”, ideia homônima que dá nome à canção. Foi avançando e apresentou a backing vocal de Guiné Bissau e a tecladista de Barcelona .

Entrou no universo dos algoritmos perguntando “o que devo cantar ,algoritmo, que sabe melhor do que eu mesmo”. Mescla canções antigas com as novas criações em show mais vibrante e com mais vozes do que os anteriores. Canta “Salvapantallas”, cita os irmãos, para quem fez a música , em especial Daniel, também querido e conhecido do público de Porto Alegre.  “Ele também gosta muito de Porto Alegre e de vocês”, revela. Pede “uma noite de asilo” ao lado da voz de uma madrilenha afinadíssima que o acompanha. Afinada e competente, como os demais integrantes da atual banda de Drexler. Quem produz o novo trabalho é Carlos Campi Campon , de Barcelona, multiinstrumentista que está também no palco. Outra presença é de Borja Barrueta, de Bilbao, na bateria e na percussão, músico que há 17 anos está ao lado do uruguaio. Jorge também flerta com a  tecnologia com o teclado que vibra a partir da própria voz do cantor. Aplausos. 

Intenso

Aproxima-se, então, do público na ponta do palco e conclama concórdia no país que diz amar demais. Expressa seus sentimentos na poesia de Chico Buarque, puxando um samba em seu melhor português. Declara-se então “o moro judio que vive con los cristianos”, refletindo também que “não somos mais do que um punhado de mar, um capricho do sol no jardim do céu”. Novo coro e mais aplausos. Canta para a mãe , enaltecendo a estrela do início e do fim do dia.

Vai terminando a noite revelando que só “estamos vivos porque estamos em movimento”. Agradece à Marisa Monte por sua parceria em “Vento Sardo”, e se delicia interpretando a música feita com a brasileira . Segue mostrando o balanço poético e enérgico de “Tocarte”, que está na competição do Grammy 2022. E encerra evocando “que viva lá telefonia” seguida do pedido de um estrondoso “silêncio”. Canções cantadas pelos fãs com todo pulmão.

Retorna para o bis e incita para que “armemo-nos de valor até os dentes”, pois “amar é coisa de valentes”, como escreveu em sua canção-poética. E ao final segue relembrando da Venezuela que acolheu sua família durante a ditadura uruguaia, cantando “Lá Luna de Rasqui”. Não se despede até entoar a sempre esperada   “Tudo se Transforma”. Encerra mesmo com “Amor al Arte”, com os todos os artistas do show em frente ao palco. Ovacionado. E já se preparando para o show desta terça-feira.

 


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