Duas estreias nos cinemas de olho no Oscar

Duas estreias nos cinemas de olho no Oscar

"Triângulo da Tristeza" e "A Baleia", em pré-estreia, chegam às salas de exibição com diversas indicações

Marcos Santuario

Vencedor da Palma de Ouro de Cannes, ‘Triângulo da Tristeza’ também está na disputa por estatuetas do Oscar

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Com a maioria das salas ocupadas pelo esperado “Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania”, que teve pré-estreias desde ontem, são poucos os filmes que se atrevem a competir pelo público. Um deles, que vem com o selo do Festival de Cannes, é “Triângulo da Tristeza, do diretor sueco Ruben Östlund, o mesmo de “The Square − A Arte da Discórdia”. Vencedor da Palma de Ouro do charmoso festival francês, “Triângulo da Tristeza” é um dos filmes que também está na disputa por estatuetas do Oscar 2023. A produção sueca concorre nas categorias de Melhor Filme, Melhor Diretor e Melhor Roteiro Original, estas duas últimas que têm o talento de Rubens Östlund.

O nome principal no elenco é o de Woody Harrelson. Nascido Woodrow Tracy Harrelson, ele se tornou um dos mais potentes atores norte-americanos. Foi indicado ao Oscar três vezes, 1996, 2010 e 2017. Ele vive em “Triângulo da Tristeza” um capitão de cruzeiro de luxo. Nada de surpreendente, não fosse ele um marxista confesso e alcoólatra, dirigindo embarcação repleta de ricaços e ascendentes sociais em um universo capitalista. Embarcaram nesta trama central Harris Dickinson, Charlbi Dean Kriek e Dolly De Leon, em uma estória que ironiza a hierarquia social e satiriza os papéis e as classes sociais, até o momento em que há uma inversão importante nestes lugares sociais.

Com o cuidado de não estragar a experiência cinematográfica de cada um, vale contar somente que o casal de modelos Carl Dickinson) e Yaya (Charlbi) é convidado para o cruzeiro, no qual dividem espaço com passageiros super-ricos e o peculiar capitão interpretado por Harrelson. A trama vai em um crescendo de intensidade, até que uma catástrofe termina com a aparentemente viagem perfeita. A produção envolvente e certeira transita com competência entre o cômico ao reflexivo. 

A Baleia

A outra novidade nas telonas entra em pré-estreia em algumas salas nesta quinta-feira. Trata-se do potente “A Baleia”, o novo trabalho de Darren Aronofsky, o mesmo de “Mãe!” e “Réquiem Para Um Sonho”. Indicado ao Oscar de Melhor Ator, Brendan Fraser mostra um impactante protagonismo na trama.

Em “A Baleia”, Fraser interpreta Charlie, um professor de 270 Kg que não consegue sair do sofá e repleto de problemas emocionais. No papel do professor de literatura, que dando aulas virtuais nunca abre a câmera para os alunos, vive recluso em seu apartamento, com um passado que o atormenta e que vai sendo revelado aos poucos para surpresa do espectador. Fraser se transformou fisicamente para viver o personagem: homem com obesidade severa que, literalmente, não consegue sair do sofá. Até que levanta. 

Por este papel, no Festival Internacional de Cinema de Veneza, em setembro de 2022, Brandon Fraser recebeu quase 10 minutos de aplausos na sessão de gala do longa-metragem. “A Baleia” também concorre ao Oscar deste ano nas categorias de Melhor Cabelo e Maquiagem e de Atriz Coadjuvante, para a atriz norte-americana Hong Chau. 

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