Em Cannes, cineastas europeus lançam manifesto contra gigantes da internet
Documento assinado por importantes diretores busca "manter a territorialidade dos direitos da arte"
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"Deve ser consolidado e reforçado o direito dos autores a viver de sua arte para que possam continuar criando. A integração dos gigantes da Internet na economia criativa europeia é determinante para o futuro do cinema", diz o manifesto. Os cineastas consideram que "a Europa deve definir uma meta e assegurar as condições de um jogo competitivo mais justo e sustentável entre todos aqueles que difundem nossas obras".
"Há muita coisa em jogo, mas o desafio é formidável: nos unirmos - atores políticos, criadores e cidadãos - para redesenhar e reconstruir uma política cultural exigente e ambiciosa, adaptada ao ambiente digital, a sua economia e as suas aplicações, que coloque em valor as obras e situe os criadores no epicentro da ação", concluem. Paolo Sorrentino (Itália), Pablo Berger, Montxo Armendáriz, Iciar Bollain, Fernando Colomo, José Luis Cuerda (Espanha), Costa Gavras, Michel Hazanavicius, Bertrand Tavernier (França), Cristian Mungiu (Romênia) e Volker Schlöndorff (Alemanha), entre outros, se juntaram a este apelo, publicado durante a realização do maior festival de cinema do mundo.