Em show enxuto, Thirty Seconds To Mars traz novos hits e clássicos repaginados
Banda apresentou a "Monolith Tour" na noite desse sábado em Porto Alegre
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“Up In The Air” abriu oficialmente o show e levantou a plateia, inclusive com os fãs praticamente cantando sobre a voz de Jared. Em seguida, “Kings and Queens” e “This Is War” resgataram o passado mais hardcore da banda em uma versão mais leve, sem tantos arranjos de guitarras. “Dangerous Night” foi a primeira de “America”, último disco do grupo, a ser tocada no Pepsi on Stage. E o público não decepcionou.
Jared logo engatou “From Yesterday”, também mais renovada, e seguiu com mais duas de “América”: “Love is Madness” e “Hail To The Victor”. Aproveitando a vibe mais pop, o cantor apresentou “City Of Angels” e pôde sentir como a canção se tornou um hino para os fãs. Foi neste momento que o vocalista conversou com o público e também chamou algumas pessoas para dançar “Rescue Me” no palco. Já para um momento mais íntimo, “Hurricane” seguida de "Remedy", desta vez na voz de Shannon, que timidamente pegou o microfone e aproveitou o calor do carinho da plateia.
“Live Like a Dream” dava sinais de que o show se encaminhava para o final. E, como não podia ser diferente, “The Kill” trouxe um momento muito especial com o público cantando cada trecho do maior clássico da banda. O entusiasmo seguiu com “Walk On Water”, que já se tornou o novo hit favorito e teve a frase “Times are changing” entoada em grande coro. Outra das preferidas na trajetória do Thirty Seconds to Mars, “Closer to the Edge” cai perfeitamente para o fechamento de uma memorável noite, especialmente para a multidão que tomou conta do palco, mais uma vez, a convite de Jared Leto.
A passagem de Thirty Seconds To Mars em Porto Alegre, porém, foi rápida. Em pouco menos de uma hora e 20 minutos de show, o setlist foi conciso, privilegiando os hits que consolidaram a carreira do grupo formado em 1998 e que conseguem se encaixar perfeitamente com a nova proposta sonora adotada pelos irmãos Leto. No entanto, fica a impressão que o show foi mais curto do que merecia.
Jared manteve a empolgação e sedução em cima do palco, algo que somente ele consegue captar do público. Com um quimono estampado e óculos escuros, ele arrancou diversos gritos e suspiros apaixonados. Mas agora com uma banda mais enxuta, ele aparenta ter muito mais responsabilidade em entreter o público. Já a qualidade técnica de Shannon mostra o talento e a segurança que só um Leto poderia ter. A verdade é que o Thirty Seconds to Mars entregou um bom show de estreia em território gaúcho, mas poderia ter aproveitado melhor o tempo para ficar ainda mais marcante na memória dos que estavam presentes.