Escolas de samba de Porto Alegre correm contra o tempo
Interdição do Porto Seco atrasou os preparativos
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Em ritmo intenso, o trabalho nos barracões nestes dias que antecedem o Carnaval inicia por volta das 9h e segue, muitas vezes, noite adentro. A rotina não é novidade para quem se dedica ao samba anualmente. No entanto, desta vez, há um agravante: no intuito de compensar os dias parados, devido à interdição Porto Seco, por questões de segurança, ferreiros, alegoristas e artistas plásticos se esforçam para finalizar as alegorias e fazer bonito na avenida. “Na prática, iniciamos a função há pouco mais de um mês, logo depois que o complexo foi liberado. Até sexta-feira daremos conta do recado, a correria é grande, mas sempre dá tudo certo”, afirma Jandir Rodrigues, de 64 anos, coordenador do barracão da escola da Zona Sul, atual campeã do Carnaval de Porto Alegre.
Estreante nos barracões, o morador do Rio de Janeiro se diz feliz em realizar um trabalho onde o conhecimento dele é valorizado. Ainda assim, todos trabalham a todo vapor para que tudo fique pronto. A opinião é compartilhada pelo carnavalesco da escola, Paulo Jorge Medeiros, de 54 anos. “Passeio por todo o Porto Seco e o sentimento é recorrente, tudo sairá dentro do previsto. É só manter o ritmo com trabalho direto de segunda a segunda, e o resultado será excelente, como sempre”, considerou.