Escritora e psicanalista Rosane Pereira lança "Mulheres esquecidas"

Escritora e psicanalista Rosane Pereira lança "Mulheres esquecidas"

Lançamento acontece neste domingo, dia 21, na Associação Cultural Vila Flores em evento com música e leitura dramática

Correio do Povo

"Mulheres esquecidas", romance de Rosane Pereira versa sobre desamparo, acolhimento, sororidade e dororidade

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Rosane Pereira lança o romance "Mulheres esquecidas" (Editora Bestiário). A sessão de autógrafos acontece neste domingo, dia 21, a partir das 17h30, na Associação Cultural Vila Flores (Rua São Carlos, 759) e vai contar com a leitura dramática da escritora e poeta Lilian Rocha, pontuada por canções interpretadas pela cantora, harpista e violonista Liane Schuler. 

Rosane Pereira é psicanalista e idealizadora do Gradiva, projeto que proporciona atendimen­to psicanalítico para mulheres em situação de vulnerabilidade social. Mulheres Esquecidas é uma obra que se comunica com sua bagagem profissional e de vida. Trata-se de um livro que acompanha a história de mulheres, mas também é um romance sobre a constituição de um território de linguagem para aquelas que são silenciadas. 

Melina, Júlia, Tereza e Luana são as mulheres esquecidas dessa narrativa. Mas Ângela, Alice e Maria Clara também foram esquecidas. Assim como Lilian, Mariana e Margarida. Na São Paulo do século XXI, milhares de moradoras de rua são esquecidas em um canto qualquer. No livro, o leitor acompanha de perto a amizade que surge em meio ao caos de uma vida incerta e inesperada para quem vive da caridade alheia.

Rosane Pereira põe uma lente de aumento sobre as existências das personagens segundo a poeta, professora e mestra em Literatura Brasileira Ana Dos Santos: "O machismo, o racismo e o classismo atravessaram seus corpos com todos os tipos de violência. De abandono em abandono, não se fixam em nada nem em ninguém, sempre vagando pelo mundo. É na convivência diária que vão construir entre elas a sororidade e a dororidade que as reúne”.

“Com a acuidade humana da psicanalista,” pontua a poeta Neli Germano, “temos a possibilidade de acompanhar os deslocamentos de ‘mulheres em situação de rua’ em direção a um lugar, um território no qual elas conseguem ser mulheres que lutam por si e por elas enquanto afeto e pertencimento”.

Apesar da proximidade do tema com a sua atuação profissional, a autora antecipa que a "narrativa desta obra é uma construção ficcional, efeitos de vivências e de muitas outras narrativas que me foram feitas ao longo da vida. Nenhuma personagem ou diálogo foram constru­ídos a partir da minha experiência de psicanalista, nem mesmo inspirados nela. Cada personagem, cada diálogo, é um mosaico de falas e de perfis humanos que encontrei percorrendo o meu próprio caminho", explica.


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