Espaço Força e Luz inaugura exposição “Fio Condutor”

Espaço Força e Luz inaugura exposição “Fio Condutor”

Mostra aberta na noite desta quinta-feira conta a história da eletrificação do Rio Grande do Sul

Caroline Guarnieri*

“Fio Condutor” segue em exposição até, pelo menos, setembro do ano que vem, no segundo andar do Espaço Força e Luz

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Na noite desta quinta-feira, 28, o Museu da Eletricidade do Rio Grande do Sul (Mergs), localizado no Espaço Força e Luz (EFL), inaugurou a exposição “Fio Condutor: Retratos da Energia”, que busca contar a história do processo de eletrificação do estado. A mostra inclui fotografias, negativos e objetos do acervo do Museu, selecionados pelos curadores Marina Feldens e Marcelo Scheffer. O evento contou com apresentação do saxofonista Kenny Anderson, organizador do movimento Saxofone nas Ruas.

 

Entre os itens expostos, está um mosaico com 48 fotografias ampliadas sobre os processos de geração, transmissão e distribuição de energia do estado, datadas entre as décadas de 1920 e 1970. Elas fazem parte de um acervo de mais de 10 mil imagens da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE), que costumava registrar cada etapa dos trabalhos. Muitas imagens não possuem autoria registrada por terem sido produzidas pela equipe de comunicação social da empresa.

 

Além das fotos distribuídas na parede, a mostra também conta com imagens reveladas em tecido e negativos ampliados presos embaixo da clarabóia do Museu, no segundo andar do EFL. Marina Feldens, curadora, produtora e gestora do núcleo educativo-cultural da fundação, explica que a equipe buscou “brincar” com o espaço físico disponível para a mostra. “A gente distribuiu os objetos para tentar criar caminhos que conduzem o visitante pela exposição ”.

 

Os objetos expostos, que incluem capacetes de diferentes tipos de trabalhadores, telefones, câmeras fotográficas e equipamentos de proteção fazem parte de um acervo de mais de três mil objetos e documentos. Para escolher o que incluir e o que deixar de fora, Marina conta que o grupo elegeu um foco: “nós decidimos valorizar o ofício do trabalhador, focando nas atividades e na segurança do trabalho”.

 

O museólogo e chefe do setor de acervo do Mergs, Marcelo Scheffer, que assina a curadoria ao lado de Marina, ressaltou a proposta de aliar os itens tridimensionais às fotografias. “Os objetos que aparecem na foto também estão expostos aqui”, explica. O rádio transmissor e receptor da década de 1940, por exemplo, também aparece em imagens que mostram a construção de barragens para a geração de energia, contexto no qual era utilizado para facilitar a comunicação entre os trabalhadores.

 

O próprio edifício do Espaço Força e Luz carrega uma história diretamente relacionada com a energia do Rio Grande do Sul. Em 1926, o espaço foi inaugurado como sede da empresa americana de energia elétrica Light and Power (em português, “luz e força”), que realizava atendimentos a clientes e vendia eletrodomésticos. Posteriormente, a CEEE assumiu o espaço e o tornou a sua principal sede. No final da década de 1980, chegaram os itens do acervo.

 

Com editais públicos, o espaço adquiriu o Memorial Érico Veríssimo e o Museu da Eletricidade, e criou um centro cultural. Após um período de restauro, e com a privatização da CEEE em 2021, hoje o prédio é gerido e mantido por uma fundação cultural privada sem fins lucrativos, que abarca o Memorial, o Mergs e o Espaço Força e Luz em si, responsável por receber diferentes mostras e exposições de arte.

 

“Fio Condutor” segue em exposição até, pelo menos, setembro do ano que vem, no segundo andar do Espaço Força e Luz (Rua dos Andradas, 1223 - Centro Histórico, Porto Alegre). A visitação acontece de segunda à sexta-feira, das 10h às 19h, e aos sábados, das 11h às 18h, com entrada franca.

 

*Sob supervisão de Luiz Gonzaga Lopes


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