Espetáculo "Diz que eu ainda existo" acontece na CCMQ neste sábado (5) e domingo (6)

Espetáculo "Diz que eu ainda existo" acontece na CCMQ neste sábado (5) e domingo (6)

Adaptada da obra "Lembranças de Bertha", escrita por Tennessee Williams, a peça retrata a rotina de quatro mulheres, quatro gerações e o mesmo destino

Correio do Povo

O projeto apresenta um drama trágico que, através do ponto de vista de quatro mulheres, busca denunciar os abusos sofridos

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O espetáculo teatral "Diz que eu ainda existo", com direção de Zé Adão Barbosa e Rafael Dorneles, faz sua temporada de estreia neste fim de semana. No sábado (5) acontece às 20h; e no domingo (6), às 19h, no Teatro Carlos Carvalho, no 2º Andar, na Casa de Cultura Mário Quintana (Andradas, 762), em Porto Alegre. Os ingressos podem ser adquiridos antecipadamente através do WhatsApp 51 9 9973 5521, com Thainan Rocha.

Adaptada da obra Lembranças de Bertha, escrita por Tennessee Williams, o espetáculo retrata a rotina de quatro mulheres, quatro gerações, o mesmo destino. A peça tem uma estrutura imersiva, e ação se passa em um quarto na Farrapos, famosa zona de prostituição da cidade de Porto Alegre, próximo ao Cais do Porto. No centro, uma pesada cama de ferro com travesseiros e cobertas desarrumadas, onde Bertha, uma prostituta corpulenta, está deitada inquieta, agonizando de seus possíveis erros. À direita, encostada na parede, uma penteadeira pesada e antiga com puxadores dourados, coberta por uma toalha de seda vistosa e duas bonecas de biscuit grandes num espaço cheio de decadência, poeira e miséria. Goldie, uma mulher fria, amarga e dona do lugar, reconhece muito bem como vai ser a trajetória de cada mulher que trabalha no prostíbulo. Dentre elas, Lena, a mais atraente, sensual e lucrativa de todas, mas ela não consegue esconder sua melancolia de ser. E no meio de todo o caos, encontramos uma Menina, pequena, ingênua e curiosa. Sem ter a noção de que futuramente fará parte daquele mesmo grupo.

O projeto apresenta um drama trágico que, através do ponto de vista de quatro mulheres, busca denunciar os seus abusos moral, físico, sexual e psicológico, interferindo na sua integridade por serem mulheres. Uma análise psicológica em relação às suas rotinas e conflitos pessoais sob diferentes gerações. Através de suas subtramas, o projeto busca oferecer uma difusão sobre a saúde mental e prostituição entre essas mulheres, fazendo uma comparação do espetáculo, ambientado no subúrbio de Porto Alegre na década de 40, com a sociedade contemporânea. Além de ampliar o conhecimento sobre o escritor e dramaturgo americano.

O resultado, além do entendimento das agruras da vida de prostituição de antigamente, e que persistem em diferentes gerações até os dias de hoje, o espetáculo Diz que eu ainda existo traz o texto original, mas também esmiuça as vidas dessas quatro personagens.


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