Espetáculo homenageia divas do rádio

Espetáculo homenageia divas do rádio

Peça estreia amanhã no Theatro São Pedro, em Porto Alegre

Correio do Povo

Espetáculo narra trajetória de Emilinha a Marlene a partir da década de 40

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Estreia nesta sexta-feira, às 21h, com sessões no sábado (21h) e no domingo (18h), no Theatro São Pedro (Praça da Matriz, s/n), em Porto Alegre, o espetáculo "Emilinha e Marlene - As Rainhas do Rádio". A vida das divas, interpretadas por Solange Badin e Vanessa Gerbelli, tem como pano de fundo seis décadas da história do Brasil e a ascensão de um importante e pioneiro veículo de comunicação de massa do século XX - o rádio - e seu maior expoente no país, a lendária Rádio Nacional. Os ingressos são vendidos para dois setores distintos; a plateia dos fãs de Emilinha (1922-2005) e a plateia de fãs de Marlene (1924). O espetáculo contará com uma orquestra, composta por seis músicos e nove atores no elenco.

A trajetória das duas é remontada através da história de duas irmãs que são rivais e, por ocasião da morte de sua mãe, devem entrar em sua antiga casa e remexer em objetos do passado, rememorando assim as suas histórias de vida. Uma é fã ardorosa de Emilinha, e a outra de Marlene. A peça se passa num único dia, quando ambas estão fazendo esta arrumação e acabam revolvendo o passado, quando viviam seguindo suas divas. Com direção de Antonio de Bonis, texto de Thereza Falcão e Júlio Fischer, a peça destaca o período a partir de 1949, quando a então novata Marlene, que cantava no Copacabana Palace, supera a favorita Emilinha Borba no concurso "Rainha do Rádio". A vitória da cantora, até então considerada elitista, foi absolutamente inesperada e abriu a saga de uma histórica rivalidade entre as duas cantoras e seus fã-clubes, que chegou a ser comparada pelo jornalista Mário Filho como "o fla-flu dos que não gostam de futebol".

Com mais de 50 canções executadas ao vivo, o musical revisita os sucessos, as dificuldades e as vidas pessoais das protagonistas. Revela como Emilinha, tida como a cantora mais popular da história do Brasil, viu-se obrigada a lançar seu último CD nas ruas do Rio de Janeiro por falta de uma gravadora. E como Marlene, a primeira cantora brasileira a apresentar-se no Olympia de Paris (sob os auspícios da cantora, francesa Edith Piaf) enfrentou o julgamento de críticos que consideravam sua voz "pequena". De como Emilinha manteve-se fiel ao seu público e ao seu estilo brejeiro de cantar, e de como Marlene se impôs com um repertório eclético, que com o tempo se distanciou cada vez mais do popular, aberto a novidades e a outros compositores, como Caetano Veloso e Chico Buarque, entre outros.


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