Espetáculo para bebês “Cuco” faz últimas apresentações

Espetáculo para bebês “Cuco” faz últimas apresentações

Pelo Setembro Azul de Visibilidade à Pessoa Surda, na sessão das 17h deste domingo os surdos não pagam ingresso

Correio do Povo

Atores Eduardo D’Avila e Gabriel Martins interagem e fazem do público parte importante da apresentação

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“Cuco - A linguagem dos bebês no teatro” entra em suas últimas semanas, na Sala Cecy Frank (4° andar da Casa de Cultura Mario Quintana – Andradas, 736), com apresentações sábados e domingos, às 15h e 17h, até o dia 2 de outubro, quando haverá apenas a sessão das 15h, por conta das eleições. Com direção de Mário de Ballentti, a peça Voltada a bebês e crianças de até 3 anos, com seus cuidadores, a peça da Cia Caixa do Elefante tem ingressos à venda pelo site http://www.entreatosdivulga.com.br. Neste domingo, 25 de setembro, surdos não pagam ingresso, em alusão ao Setembro Azul de Visibilidade à Pessoa Surda. 

A poética do espetáculo é motivada pelo jogo entre o “esconder e o revelar”, o cuco, um universo em que a surpresa do começo, da chegada, da primeira vez, transforma a manipulação de objetos do cotidiano em pequenas histórias. O formato arena da montagem possibilita um espaço de acolhimento, interação e descobertas entre os bebês e seus cuidadores, sejam mães, pais, avós, tias e tios ou outros familiares. Os atores Eduardo D’Avila e Gabriel Martins interagem e fazem do público parte importante da apresentação. A  produção foi contemplada com o Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz, recebendo em 2015 quatro premiações do Troféu Tibicuera – teatro infantil (melhores Espetáculo, Direção, Produção e Cenografia). 

Figura fundamental na concepção do trabalho, o pedagogo Paulo Sérgio Fochi observa que o bebê se faz público de um modo muito peculiar. “A partir do nosso ponto de vista, os bebês, desde que entram na cena humana, se comunicam, e isso ocorre a partir do olhar, dos gestos, dos balbucios, do choro e dos risos, assim como, do corpo todo que ressoa de diferentes formas, seja movido pelo medo, pela alegria, pela tristeza, pela curiosidade”, comenta. “Então, para tê-los por perto, descobriu-se a necessidade de aprender a fazer as narrativas também desta forma”, complementa Ballentti. Em cena, uma outra forma de experimentar o teatro, no qual é permitida a experiência não só de observar, mas de manipular e atuar com os materiais antes assistido. “Os bebês não estão mergulhados nas convenções que em geral os adultos estão, e isso se revela na sua forma de ser público. Dificilmente aplaude ou ri, quando o protocolo pede, mas é capaz de surpreender com seu silêncio inesperado e improvisar demonstrações de afetos”, cita o pedagogo.
 

 

 

 

 


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