Estreia nova direção de George Clooney na Netflix

Estreia nova direção de George Clooney na Netflix

"O Céu da Meia Noite", que chega nesta quarta-feira à plataforma, é o mais recente filme como elogiado ator norte-americano George Clooney em um dos papéis principais da trama e também na direção desta obra de ficção

Marcos Santuario

"O Céu da Meia Noite" é dirigido e estrelado por George Clooney

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O encontro com George Clooney, para falar do filme que estreia nesta quarta-feira, na plataforma Netflix, foi virtual. Como tem sido a maioria dos eventos deste gênero. Sorridente e atencioso, aos 59 anos, Clooney respondeu perguntas da imprensa, ao lado dos principais nomes que compõem este novo trabalho dirigido por ele. Trata-se de mais uma aposta da Netflix na temática pós-apocalíptica, com ares épicos e trama de ficção científica. Na entrevista coletiva, ao lado de Clooney, estavam Felicity Jones, David Oyelowo, Kyle Chandler, Demián Bichir, Tiffany Boone e a jovem estreante Caoilinn Springall, que tem papel vital no desenrolar da trama. Em coro com David Oyelowo, o elenco comenta que Clooney é um “grande guia” e que passaram um ótimo tempo juntos. São unânimes também em afirmar que o diretor “sabe o que quer”, ao focar nos cinco astronautas que devem salvar o mundo. O próprio Clooney define o trabalho: “Nós queríamos falar sobre o que o homem pode fazer com ele mesmo. Temos visto toda a raiva e o ódio despertando no mundo a negação da ciência e, se continuarmos assim por, sei lá, 30 anos, não é inconcebível que a gente estrague tudo”

A conexão entre a Terra e o espaço se dá intensamente no roteiro adaptado, do livro “Good Morning, Midnight”, da escritora norte-americana Lily Brooks-Dalton, pelo novaiorquino Mark L. Smith. Ambientada em 2049, a ficção retrata a vida do cientista Augustine, vivido por Clooney, que se encontra solitário no Ártico e que tenta, com todas suas forças, fazer com que uma equipe de astronautas permaneça no espaço. O principal motivo é que a Terra está passando por uma misteriosa catástrofe global, e os poucos sobreviventes procuram região habitável. A intensidade das relações humanas neste contexto também surge em flashes do passado e suas conexões com o presente.

Para chegar até este momento cinematográfico, George Clooney veio acumulando experiências. Filho do apresentador de TV Nick Clooney, foi de um plantão em hospital à bancada de telejornal, passando pelas mais diversas tramas nas telas. Aliás, Clooney filho chegou a trabalhar como jornalista na TV, antes de ingressar no mundo de filmes e séries. O sucesso se deu como o doutor Doug Ross na série de TV “Plantão Médico”, em que permaneceu de 1994 a 1999. Emplacou na tela grande em “Um Drink no Inferno” e “Um Dia Especial”, ambos de 1996. Foi Bruce Wayne e seu alter ego heroico em “Batman & Robin”, de 1997; iniciou parceria com o diretor Steven Soderbergh ao estrelar “Irresistível Paixão”. Fundaram juntos uma produtora e realizaram filmes como “Onze Homens e um Segredo” (2001) e as sequências de 2004 e 2007, além de “Solaris”, de 2002, e “O Segredo de Berlim”, de 2006. Seu retorno aos filmes de grande orçamento se deu no bem sucedido “Mar em Fúria”, de 2000.

Mas foi em 2002 que Clooney resolveu se arriscar na direção em “Confissões de uma Mente Perigosa”. Em 2005, foi indicado ao Oscar por “Boa Noite e Boa Sorte”, dirigiu ainda “Tudo Pelo Poder”, de 2011, e “Suburbicon”, de 2017, com Matt Damon no papel principal. Agora, George Clooney retorna à direção, além de atuar e produzir. Sinais dos tempos.


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