Exposição "ColonialMente", de Dedé Ribeiro, inaugura a mini galeria do Café Mal Assombrado

Exposição "ColonialMente", de Dedé Ribeiro, inaugura a mini galeria do Café Mal Assombrado

A mostra que se inicia no halloween, dia 31, às 17h, seguirá aberta para visitação de terças a domingos, das 14h às 20h, até dia 30 de dezembro

Correio do Povo

Exposição de colagens "ColonialMente" de Dedé Ribeiro, inaugura a mini galeria do Café Mal Assombrado nesta segunda-feira, dia 31

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Dedé Ribeiro, produtora cultural experiente, é também artista visual e suas obras têm circulado no Brasil em exposições coletivas e individuais. Sua nova exposição, "ColonialMente", estará no Café Mal Assombrado (Rua Fernando Machado, 513), o café abre uma mini galeria e a mostra de Dedé Ribeiro inaugura o espaço nesta segunda-feira, dia 31, e seguirá aberta para visitação de terças a domingos, das 14h às 20h, até dia 30 de dezembro. Curadoria e montagem é de Francisco Dittrich.

 "ColonialMente" apresenta 14 colagens, algumas delas com intervenções em desenho, sobre papel feitas entre 2019 e 2022, que tem como pano de fundo a questão decolonial. Grande parte da mostra foi criada durante a pandemia da Covida-19, quando Dedé se debruçou em estudos sobre acessibilidade, democratização e decolonialismo. “No meu trabalho as coisas se misturam e, se estou produzindo um espetáculo ou escrevendo uma peça, as imagens e temas povoam minha cabeça até virarem colagem. Nesse caso, comecei a estudar esses temas durante a pandemia, com o objetivo de produzir projetos culturais melhores e mais inclusivos, porém o tema era tão forte e urgente, que saltou para as colagens”, afirma Dedé.

E foi assim que antigos mapas e fotos da América colonial encontraram personagens de todas as épocas, às vezes em comentários sociais e às vezes como forma de demonstrar seu próprio processo de desconstrução de crenças e preconceitos. “Algumas obras trazem também reflexões ligadas à África, que visitei duas vezes antes da pandemia. Raramente se fala da África quando se trata de decolonialismo, pois o movimento todo procura focar na arte latino-americana, mas na minha cabeça é uma segunda camada. Tanto a África passa pelo mesmo problema de apagamento de sua cultura, como seu povo é parte significativa do povo brasileiro.  Essa exposição é minha forma de dizer que não compactuo com o racismo, o machismo, o eurocentrismo ou os valores fortemente estadunidenses, embora me custe muitíssimo reconhecer que tudo isso ainda existe de alguma forma em mim”, completa a artista.  


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