Exposição homenageia Erico Santos

A Bublitz Galeria de Arte apresenta retrospectiva de trajetória de 50 anos do artista Erico Santos em parceria com a Casa das Artes Regina Simonis em Santa Cruz do Sul (Marechal Floriano, 651). Estreia hoje a primeira etapa da mostra “O Universo Pictórico de Erico Santos”, às 19h, com vernissage em Santa Cruz do Sul. A visitação poderá ser realizada 6 a 29 de abril, de segundas a sextas, das 10h às 16h30min, e, sábados, das 10h às 14h, com entrada franca.

“É uma homenagem mais do que justa ao artista que tem uma jornada em comum com a Bublitz Galeria de Arte desde 1999. Ao todo, Erico Santos já esteve em 13 exposições no nosso espaço, sendo sete mostras individuais e seis coletivas. A mais recente, iniciada em novembro de 2022, foi levada também a Atlântida”, conta Nicholas Bublitz. A exposição é formada por 35 obras. Após a inauguração, em Santa Cruz do Sul, a mostra percorre cidades como Caxias do Sul e Bagé, com temporada a ser concluída na galeria Bublitz em Porto Alegre, em 2024, ano que marca o cinquentenário da arte de Erico.

A exposição faz retrospectiva do trabalho do artista, iniciando com obras produzidas nos anos 1970. “É a fase da minha pintura mais acadêmica. Algumas obras foram produzidas no atelier de Renzo Gori, em São Paulo, onde trabalhei na época. São naturezas mortas, cenas e temas variados, inclusive, um violino que era do próprio Gori, cuja pintura integra à exposição”, descreve. Também fazem parte da mostra pinturas da fase impressionista e as camponesas estilizadas, uma marca registrada do artista, em uma fase em que ele define como “neoimpressionismo”. Estão ainda na exposição obras de sua fase mais recente e mais abstrata. “Nessas obras não abro mão da técnica acadêmica, mas elas se apresentam sem uma forma figurativa, pensando na “alma”, no sentimento que as coisas podem me proporcionar”, revela. 

Trajetória 

Erico Santos nasceu em Cacequi (RS) em 1952. Começou a pintar profissionalmente a partir de 1976, em São Paulo, no bairro Pinheiros, no atelier do pintor e restaurador florentino Renzo Gori. Auxiliou Gori a restaurar obras de artistas como Portinari, Di Cavalcanti, Tarsila, Rebolo, Bonadei, Volpi. Em 1977 retornou a Santa Maria para concluir o curso de Direito. De 1978 em diante, alternou a advocacia com a pintura.

Em 1981 foi para Porto Alegre para assumir o cargo de Procurador Autárquico no IPE. A partir de 1987, começa a se dedicar exclusivamente à pintura. A partir daí, Erico começou a participar efetivamente do mundo das artes como jurado em salões oficiais de arte, palestrante em universidades, escrevendo sobre arte em jornais e revistas especializadas. Publicou os livros “Pintura & Palavra” e “Arte: Emoção e Diálogo”.