Exposições são abertas em estações da Trensurb

Exposições são abertas em estações da Trensurb

Obras de Marina Kerber e de Rusha integram iniciativa

Correio do Povo

Detalhe de obra da artista Rusha na mostra “Saberes, fazeres e dizeres”.

publicidade

Com curadoria do Sesc-RS, as galerias da Trensurb nas estações Mercado e Rodoviária recebem, a partir desta terça-feira (8), novas exposições. "As cores que me identificam", de Marina Kerber, chega à Galeria Mario Quintana, na Estação Mercado, enquanto a Galeria Xico Stockinger, na Estação Rodoviária, receberá "Saberes, fazeres e dizeres", de Rusha. Coordenadora cultural do Sesc-RS, Jane Schoninger afirma que toda a curadoria deste ano para as galerias terá como premissa trazer visibilidade para a obra de artistas negros do Estado, como Marina e Rusha – que trazem em seus trabalhos questões de identidade e representatividade. Às 11h de terça-feira, a Direção da Trensurb e representantes do Sesc-RS irão receber a artista Marina Kerber em uma visita à Galeria Mario Quintana, na Estação Mercado.

Em "As cores que me identificam", a multiartista Marina Kerber traz uma série de autorretratos ilustrados. “Meus traços são a cara da maior parte da população brasileira. Essas cores que me identificam não são uma escolha, mas sim uma necessidade de me inserir no espaço-tempo das tonalidades vibrantes que conseguem preencher os vazios acinzentados das misturas históricas”, afirma a autora. “Essas são narrativas carregadas de memórias extremamente sensíveis, mas resistentes e persistentes”, completa. Marina atua profissionalmente nas artes visuais, no audiovisual, na animação, no design gráfico e no teatro. Possui mestrado em Meios e Processos Audiovisuais pela USP. Participou de exposições coletivas como a 1ª e 2ª Bienal Black Art Brazil e, recentemente, foi artista convidada da primeira edição de Encontros Projetados, evento promovido pelo Goethe-Institut Porto Alegre. A artista utiliza diferentes suportes e técnicas para retratar suas vivências conectadas com temas urgentes como identificação racial e saúde mental e física. É um trabalho que lança mão de hibridismos narrativos a fim de trazer diferentes reflexões sobre o ser individual e o ser coletivo. O resultado beira o absurdo e o surreal em meio ao turbilhão de sensações expostas.

Em “Saberes, fazeres e dizeres”, a artista Rusha reproduz obras criadas por meio de técnicas diversas – sobrepondo tinta acrílica, tinta relevo, tecido e miçanga sobre colagem. Elas trazem marcas e olhares que contam histórias, buscando construir memórias carregadas de sabedoria e observação da vida. O intuito, segundo a artista é: “Reimaginar e ressignificar, criar nossos próprios caminhos, manipulando conceitos, revendo significados, subvertendo e desconstruindo imaginários ligados a noções eurocêntricas, coloniais, patriarcais e racistas, e assim contribuir para outra forma de produzir conhecimento em arte”.


Mais Lidas

Guia de Programação: a grade dos canais da TV aberta desta quarta-feira, dia 1 de maio de 2024

As informações são repassadas pelas emissoras de televisão e podem sofrer alteração sem aviso prévio

Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895