Fãs de Agatha Christie comemoram 125 anos do nascimento da escritora

Fãs de Agatha Christie comemoram 125 anos do nascimento da escritora

Festival em Inglaterra terá conferências e leituras públicas de obras da autora

AFP

Agatha Christie morreu em 1976, mas seus livros nunca saíram de moda

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Fãs de Agatha Christie invadiram a cidade natal da escritora, Torquay, no sul da Inglaterra, para celebrar os 125 anos de nascimento da "rainha do crime", cujos livros nunca saíram de moda. A simplicidade é a chave de sua popularidade, explica Mathew Prichard, o único neto da escritora e que trabalha para manter sua obra viva desde 1976, quando ela morreu.

"Minha avó escreveu livros para entreter as pessoas. Gostava de pensar que as pessoas os apreciavam quando estavam no hospital ou em uma longa viagem de trem", completa. Quase 100 anos depois da publicação de suas primeiras obras, na década de 1920, seu trabalho continua vendendo milhões de exemplares a cada ano, apesar da diferença de suas histórias em relação aos atuais títulos que dominam as livrarias atualmente.

Para celebrar o aniversário, a cidade de Torquay, situada na chamada "English Riviera" e onde Agatha Christie nasceu em 15 de setembro de 1890, organizou um festival no qual fãs e especialistas compartilham leituras públicas e participam em conferências sobre sua vida e obra. Seus livros transportam o leitor a um mundo desaparecido, o da primeira metade do século XX, quando assassinos usavam alguns venenos hoje esquecidos e com algumas profissões que não existem mais há várias décadas.

Em Torquay é possível observar leitores tomando o chá em jardins repletos de flores ou comendo em restaurantes com toalhas de mesa brancas. Para completar o ambiente que recorda os romances da escritora falta apenas um cadáver, como acontecia em muitos de seus livros. Milhares de pessoas de todo o mundo participam no festival, que propõe 100 atividades distintas, segundo Pam Beddard, diretora de comunicação do evento.

Kathryn Harkup, uma química, explicará, por exemplo, quais eram os venenos favoritos de Agatha Christie para matar personagens. "Graças a sua formação como farmacêutica, ela conhecia muitos venenos distintos", afirma a autora de um estudo sobre as substâncias citadas pela escritora inglesa.

John Curran, um especialista no trabalho de Christie, abordará a evolução da narrativa que ela apresentou ao longo de cinco décadas. "Esta mulher que nunca frequentou a escola (ela foi educada em casa) se transformou na escritora mais vendida e mais traduzida de todos os tempos", recorda.

Seus quase 80 livros publicados continuam sendo adaptados para o cinema e a televisão. "No Reino Unido, a cada noite há uma história de Agatha Christie em algum canal e isto é uma das razões de sua popularidade", assegura.
Os telefilmes sobre o detetive belga Hercule Poirot ou sobre a perspicaz solteirona idosa Miss Marple, que estão entre seus personagens mais conhecidos, levam o trabalho dela até jovens gerações.

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