Fórum discute o livre pensar em Porto Alegre

Fórum discute o livre pensar em Porto Alegre

A 11ª edição do evento do Instituto Unimed/RS está sendo realizada nesta sexta-feira, no Teatro do Bourbon Country

Correio do Povo

Arthur Bender abriu o painel "Sustentabilidade, Inovação e Livre Pensar" no 11º Fórum Instituto Unimed/RS

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 A 11ª edição do Fórum Instituto Unimed/RS está reunindo no Teatro do Bourbon Country, em Porto Alegre, durante todo o dia desta sexta-feira, alguns dos principais nomes pensantes do país. A programação da manhã contou com Nilson Luiz May, Leandro Karnal, Arthur Bender, Daniela Diniz, Luis Justo e Alexandre Pellaes. O evento retornou à tarde com os painéis reunindo Allan Costa, Henri Pagnoncelli, Luís Nogueira, Fernando Schüler, Demétrio Magnoli e Eduardo Giannetti.

A abertura pela manhã  contou com a presença do presidente da Unimed Federação/RS, do Instituto Unimed/RS e da Unimed Mercosul, Nilson Luiz May; do presidente da Uniar, Mauricio Goldbaum; do presidente da Central de Serviços, Jorge Guilherme Robinson, do presidente da Unicoopmed, José Milton Cunha Mirenda, do diretor administrativo do Instituto Unimed/RS, Alcides Mandelli Stumpf, e da secretaria de estado da Inovação, Ciência e Tecnologia, Simone Stülp. O Quarteto de Cordas da Ospa e a soprano Carolina Braga executaram os hinos brasileiro e sulriograndense.

A abertura do evento foi com Nilson May, que abordou o conceito de livre pensar. “Estou aqui para tentar levar a vocês uma provocação. Uma instigação inicial de um tema complexo e atual”, disse. Na sequência, abordou indagações a origem do termo liberdade.. “A etimologia do nosso tempo de liberdade, oriunda das línguas romanas, vem do latim liber, do sentido de pessoa livre. O cidadão não deve ser escravo, liberdade pressupõe independência e vontade não coagida. Algo oposto ao discurso de servidão voluntário”, destacou. 

O historiador e professor universitário Leandro Karnal refletiu sobre o que é ser livre. “Estamos em uma geração com mais liberdade de se vestir, pensar, mas não notamos uma felicidade maior. A geração atual é uma geração de fotos bonitas e pessoas tristes, como já disse o sociólogo Zygmunt Bauman”, ressaltou. “Eu era criança quando os professores e adultos tinham razão e sou professor quando os alunos têm razão”, lembrou, acrescentando que os adultos são pouco livres. “Sou pouco livre aos 60 anos. Antes de sair de casa, tenho de pensar se estou trazendo meus remédios”, brincou. “A crença da liberdade absoluta elimina a capacidade de dialogar com a sociedade”, finalizou.
Fechando a manhã, o painel “Sustentabilidade, Inovação e Livre Pensar” reuniu Arthur Bender, Daniela Diniz, Luis Justo e Alexandre Pellaes.

Bender iniciou sua fala reforçando a importância dos diferentes olhares da realidade. “Passamos a acreditar que o mundo é do jeito que a gente olha. Gostamos dos livros que corroboram com nosso pensar, filmes que refletem a nossa visão sobre a vida. Tendemos a nos relacionar com pessoas que pensam de maneira similar a nós”.  O CEO da Rock World, Luis Justo, abordou a arte de sonhar e fazer acontecer a partir do case do Rock in Rio, gestado em 1984 e realizado pela primeira vez em 1985. Para ele, “a constante insatisfação nos leva a fazer o que nunca foi feito”. Daniela Diniz abordou a relação entre liberdade e mercado de trabalho.


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