Feira do Livro tem abertura com emoção e poesia

Feira do Livro tem abertura com emoção e poesia

Cerimônia no Teatro Carlos Urbim deu início oficialmente às atividades deste ano

Chico Izidro

A patrona Maria Carpi discursou durante a solenidade

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A poesia tomou conta da solenidade de abertura da 64ª Feira do Livro de Porto Alegre. O trabalho da poetisa Maria Carpi, patrona do evento, foi muito citado durante os discursos. A abertura da festa aconteceu no Teatro Carlos Urbim, na avenida Sepúlveda, entre o Margs e o Memorial do RS, e contou com a presença de escritores, autoridades, como o prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan, o ex-governador Olívio Dutra, além de patrocinadores, apoiadores, comissão organizadora, associados da Câmara Rio-Grandense do Livro e representantes da República Tcheca, nação homenageada nesta edição. O ano de 2018 marca o 100º aniversário do nascimento da Tchecoslováquia independente e do reconhecimento diplomático deste novo país pela República Federativa do Brasil, primeiro país da América Latina a fazê-lo. A Feira este ano segue até o dia 18.

Maria Carpi, 79 anos, é a sétima patrona da Feira do Livro, desde 1965, e sucede Valesca de Assis que, por sua vez, recebeu o posto de Cíntia Moscovich. Valesca de Assis elogiou a escolha de Maria e lembrou de sua função no cargo. “Não existe maior homenagem para um escritor do que esta função”, agradeceu, para logo em seguida desejar boa sorte para sua sucessora. “Uma bela feira para ti, Maria. Abastece-te do amor e da coragem. A feira é tua. Livro livre”, disparou. Já em seu discurso, Maria Carpi recordou a infância em Guaporé, na Serra gaúcha. “Cresci em contato com a natureza e levei o gosto pelas árvores para meus textos”, disse.

O presidente da Câmara Rio-Grandense do Livro, Isatir Antonio Bottin Filho, destacou a riqueza das atividades oferecidas. “Teremos uma programação cultural com mais de 800 atividades gratuitas, com oficinas, mesas de debate, palestras e espetáculos teatrais”, enumerou. “Estão previstas ainda mais de 650 sessões de autógrafos com mais de dois mil autores”, ressaltou. Isatir lembrou que ter Maria Carpi como patrona acaba sendo pontual, pois neste ano um dos principais temas a ser debatidos será o feminismo, e a poeta tem uma poesia feminina muito significativa. “É uma oportunidade para conhecermos um pouco mais destes textos e debater com ela. Uma oportunidade para a gente crescer. Também vamos falar de racismo, de política, de neoliberalismo. Enfim, assuntos que a sociedade discute no dia a dia. Muito oportuno que a gente discuta estes assuntos aqui na Praça da Alfândega”, concluiu.

Após os discursos, foi executado o Hino Rio-Grandense e tocada a sineta abrindo os trabalhos oficialmente da Feira. A tradicional caminhada pela Praça da Alfândega acabou não sendo realizada neste ano.

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