Sábado de sol atrai grande público e garante boas vendas na Feira do Livro
Programação gratuita também movimentou a Praça da Alfândega; bancas estão abertas às 10h todos os dias até 15/11
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Depois de uma sexta-feira chuvosa, o sol fez com que a Feira do Livro ficasse bem movimentada neste sábado (4). Mesmo com ventania, os visitantes aproveitaram o tempo firme e lotaram os corredores das bancas na Praça da Alfândega. O aumento nas vendas reforçou o otimismo dos livreiros. E não foram só os estandes que lotaram. O Espaço Petrobras Carlos Urbim teve a capacidade máxima esgotada para o encontro com os escritores Eduardo Spohr, Affonso Solano e Gilson Luis da Cunha. O trio falou sobre a criação e a recriação de mundos na literatura de fantasia. Com a participação dos visitantes, uma história foi construída. As sugestões da plateia provocaram gargalhadas em quem participou da atividade.
Os espectadores ajudaram a montar o cenário, o enredo e, por fim, o título: Bahnana. O pano de fundo da trama foi a Guerra dos Farrapos (1835 – 1845), com uma mistura de velho oeste, meteoritos e macacos voadores gigantes. Depois do brainstorming coletivo, os autores conversaram com o público sobre as suas referências na literatura e trajetórias profissionais.
O auditório Barbosa Lessa, do Espaço Força e Luz, foi palco para dois destaques da programação do dia. Um deles foi o bate-papo com a jornalista Luciana Barreto, a pesquisadora e ativista Winnie Bueno e a socióloga e escritora Simone Mello. Com o tema “Desconstruindo racismo nas mídias sociais e em todo lugar, o tempo todo, de forma exaustiva”, as autoras debateram a luta antirracista e mergulharam nas profundezas das injustiças raciais, expondo preconceitos sistêmicos e inspirando a mudança.
O outro destaque foi com a escritora, roteirista, atriz, bailarina e ativista social Teresa Cárdenas. A cubana participou de um bate-papo mediado pela professora e ativista do movimento negro Marieta dos Santos da Silveira. No painel, Cárdenas expôs mais detalhes da sua obra "Meu avô Tatanene" (Editora de Cultura, 2023), que aborda a relação de afeto entre o avô quilombola e a sua neta em história sobre ancestralidade.
O sábado também foi marcado por intensa participação infantil. Foram cinco contações de histórias no Quintal das Histórias Sulgás. E teve ainda sessões de autógrafos de livros feitos por alunos de escolas.
* A cobertura do Correio do Povo na Feira do Livro de Porto Alegre 2023 é um oferecimento do Banrisul.