Uma escritora que Kombina com o público

Uma escritora que Kombina com o público

Chris Dias, autora infantil e juvenil com mais de 30 livros, idealizadora da Kombina, Kombi itinerante de arte, foi a atração desta tarde na Feira do Livro

Chris Dias conversou com Adriane Azevedo e o público em casa no Encontro com o Autor

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A tarde de sexta-feira na 66ª Feira do Livro começou com Encontro com o Autor, mediado por Adriane Azevedo, com a escritora Chris Dias, autora de mais de 30 livros infantis e juvenis e idealizadora do projeto Kombina, a Kombi itinerante com museu, livros, figurinos e demais objetos. “Escrevo desde sempre, mas comecei a publicar somente aos 40 anos. Neste período de pandemia, alguns dos meus livros vieram à tona, como “Jogos Depois da Chuva”, que trata de crianças desabrigadas durante as cheias, que ficam reunidas em um ginásio. O livro fala da centelha de vida para alegrar as notícias e tragédias reais”, afirmou Chris após uma das perguntas da mediadora, que também é atriz e produtora. Chris lembrou que a história foi baseada em uma história real e que o livro tinha a história em uma página e notícias reais em outra. "Eu fui visitar as pessoas e as crianças no ginásio Tesourinha, a convite do Rei Momo, e queria exatamente ressaltar este lado que pode ser lúdico para combater o momento difícil. É como a metáfora do vagalume que precisa da escuridão para brilhar.  

Adriane Azevedo ressaltou a mais recente obra de Chris, a novela infantojuvenil "Uma Pena Entre Tantos", lançada digitalmente pela Amazon e as lives que Chris vem fazendo com a Kombina. A obra "A Vaca Albertina" também foi ressaltada na conversa. Chris destacou que o nome foi em homenagem a uma tia dela, bem gordinha, que morreu antes da obra ser publicada e também destacou a nova edição com ilustrações de Ana Terra, sua nova parceira iconográfica. Outra obra que entrou na pauta foi "Iberê", criada por ela e André Neves, sobre o grande artista gaúcho de Restinga Seca. "O Iberê era criança e a sua mãe era costureira. Quando acabava a linha, ela deixava ele brincar com os carretéis, assim ele começou a pintar carretéis e depois desestruturando os carretéis até adquirir novas formas", disse. Ela respondeu a algumas perguntas do público, principalmente sobre acordar histórias, o pinguim em sua vida, que parecia surreal no tanque de um vizinho quando ela era criança, e também sobre o florescer, tema do livro "Um Jardim Pra Pétala". "Florescer para mim é a arte do encontro, é o contato, é o encatamento compartilhado. Moro em apartamento. Lá tenho uma combinação com as minhas plantas, muitas delas ficam na rua, quando alguma dá flor ela ganha o direito de entrar no apartamento", finalizou Chris.   


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