Filme colombiano "La jauría" conquista Grande Prêmio da Semana da Crítica em Cannes

Filme colombiano "La jauría" conquista Grande Prêmio da Semana da Crítica em Cannes

Premiação foi divulgada nesta quarta-feira

AFP

O colombiano Andrès Ramirez Pulido recebeu o Grande Prêmio da Semana da Crítica com a sua obra "La jauría"

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O Grande Prêmio da Semana da Crítica, dedicado aos jovens talentos, foi atribuído nesta quarta-feira, dia 25, em Cannes ao colombiano Andrès Ramirez Pulido por "La jauría", sobre o círculo vicioso da violência no país sul-americano.

"La jauría" retrata o cotidiano de jovens delinquentes e criminosos a quem um educador, Álvaro, tenta dar uma segunda chance por meio de terapia de grupo em uma casa abandonada no coração da floresta tropical. Na atmosfera úmida e asfixiante da floresta colombiana, a "reeducação" dos jovens é mais uma prisão do que uma saída para o futuro.

Esse foi o primeiro longa do cineasta, depois de dois curtas, "El Edén" e "Damiana", selecionados e premiados em vários festivais internacionais. "Quis contar muito com a imagem, na linguagem cinematográfica, para retratar a violência", explicou à AFP durante entrevista em Cannes.

Em todos os seus filmes, o diretor questiona a figura do pai: sua ausência ou sua presença nociva, da qual os personagens sofrem permanentemente. "Os pais marcam a vida dos filhos, seja no abandono, seja na violência, ou seja no amor e na proteção", disse Pulido.

Ramírez Pulido mora em Ibagué, uma pequena cidade colombiana, onde a violência é um problema crônico. Os dois jovens protagonistas de "La jauría", Eliú e "El Mono", destacam-se pela força de sua interpretação. Eles saíram das ruas e Ramírez Pulido só lhes pediu que atuassem como eram. Mas o filme também exigiu semanas de ensaios, como tantos novos projetos que se destacam nas competições paralelas de Cannes.

A Semana da Crítica também deu um prêmio especial Revelação à atriz francesa Zelda Samson, que interpreta uma menina de 11 anos vítima de incesto no filme "Dalva".

"Dalva" é também o primeiro filme da diretora francesa Emmanuelle Nicot, que precisou de quatro anos e meio para desenvolver essa complexa história, na qual a violência sexual não aparece em nenhum momento, mas sim, um doloroso processo de reconstrução emocional para Dalva (Zelda Samson).

 


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