Filmes gaúchos ganham destaque no Festival de Cinema de Brasília

Filmes gaúchos ganham destaque no Festival de Cinema de Brasília

Uma das produções, "A Colmeia", aborda grupo de alemães que vive isolado no Rio Grande do Sul

Adriana Androvandi

Filme "A Colmeia", de Gilson Vargas, é exibido em Brasília

publicidade

O Festival de Cinema de Brasília conta com representantes do cinema gaúcho nesta edição de 2019, que termina no sábado, dia 1°. Sua presença está nas mostras paralelas, que ocorrem durante a tarde, enquanto a mostra competitiva ocorre à noite. Na última terça-feira, foi projetado o longa-metragem "Os Bravos Nunca se Calam", ficção de Marcio Shoenardie, dentro da mostra Território Brasil. O diretor esteve presente na sessão, ao lado de outros membros da equipe.

Na trama, uma estudante (Duda Meneghetti) de Jornalismo retorna à sua cidade natal, devido ao falecimento de seu pai (José Rubens Chachá), também jornalista. Seu irmão (Eduardo Mendonça), que ainda vive com a mãe (Mirna Spritzer), acredita que a morte pode ter sido encomendada, pois o pai estava investigando questões que envolviam um possível caso de propina entre a prefeitura e uma empresa de grande capital.

O resultado da investigação seria publicado em um livro dentro de poucos dias. A partir daí, os irmãos começam uma investigação por conta própria. Mesclando gêneros como policial e comédia, este é o primeiro longa-metragem do diretor, que tem vários trabalhos feitos para televisão. Ele conta que a rodagem ocorreu em Porto Alegre, mas em locações que criaram o ambiente de uma cidade do Interior.

"A Colmeia"

Outro longa-metragem gaúcho dentro da programação é "A Colmeia", ficção de Gilson Vargas, com sessão nesta sexta-feira no Cine Brasília, dentro da mostra Novos Realizadores. Este drama acompanha um grupo de alemães que vive isolado no Interior do Sul do Brasil durante a Segunda Guerra Mundial. Devido ao conflito, eles evitam falar alemão em público, o que se torna uma tentativa de se manter invisível. Rodado no município de Maratá (RS), conta com elenco gaúcho.

O diretor de Fotografia Bruno Polidoro, presente em Brasília, conta que este é um filme com muitos silêncios, onde ocorre um jogo de observação. "A história preza pelo não dito", explica. Sobre sua área, comenta que o desafio foi criar constrastes entre o dia e a noite na produção.

"Os personagens vivem sem luz elétrica. Então à noite os tons são mais quentes, com luz de velas, onde houve pouco uso de refletor. Nas cenas diurnas, se optou por uma luz natural, mas pálida, com tons mais frios e azulados", contou Bruno. O diretor Gilson Vargas estava participando de festivais na Europa, por isso não pôde estar presente.

"Dia das Nações"

Já dentro do Festivalzinho, tradicional sessão infantil do festival, o Rio Grande do Sul está representado pelo curta-metragem "Dia das Nações", de Iuli Gerbase. A história se passa em uma sala de aula com crianças espertas frente à proposta de uma atividade chamada "Dia das Nações".


Mais Lidas

Guia de Programação: a grade dos canais da TV aberta desta terça-feira, dia 23 de abril de 2024

As informações são repassadas pelas emissoras de televisão e podem sofrer alteração sem aviso prévio

Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895