‘Frida Kahlo, à Revolução!’ ganha apresentação especial neste Dia Internacional da Mulher

‘Frida Kahlo, à Revolução!’ ganha apresentação especial neste Dia Internacional da Mulher

Atriz Juçara Gaspar fala sobre a montagem que completa 15 anos de trajetória neste ano; confira entrevista e vídeo

Adriana Androvandi

Juçara Gaspar na peça teatral 'Frida Kahlo, à Revolução'

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Em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, o espetáculo “Frida Kahlo, à Revolução!” será apresentado nesta sexta-feira, dia 8 de março, no Teatro do Bourbon Country (Túlio de Rose, 80, 2º piso), às 21h. A peça teatral, que completa 15 anos de trajetória neste ano, é inspirada na vida e obra da pintora mexicana, sob direção de Daniel Colin.

A atriz Juçara Gaspar protagoniza a encenação, acompanhada pela trilha sonora ao vivo executada por Luciano Alves. Ingressos no site do TBC.

Ontem a peça estreou em Pelotas. Depois da apresentação de hoje em Porto Alegre, amanhã será a vez do Teatro Feevale, em Novo Hamburgo, receber a montagem, às 21h. No dia 10, a produção estará às 20h no UCS Teatro, em Caxias do Sul.

Em todos os anos, esta peça ganha destaque nesta época. Juçara Gaspar destaca que a vida da mexicana é muito rica em experiências. “Ela quebrou muitos tabus. Viveu, mesmo com as dificuldades da época, intensamente a vida que ela gostaria de viver. E ela escreveu isso, o que ela queria fazer”, diz a atriz.

Apesar de neste período do ano a peça sempre fazer turnês (com exceção do período da pandemia), Juçara destaca que a luta pela vida das mulheres é todo dia e o teatro feminista também.

A pintura original e feminina de Frida marcou a história da arte latino-americana. Em contraponto aos momentos em que ela ficava só com suas leituras ou pinturas, Juçara salienta que Frida foi uma pessoa muito agregadora, recebia artistas, intelectuais e refugiados na sua Casa Azul. Sua personalidade era determinada. “A primeira vez que ela viu Diego Rivera, ela disse que ia se casar com ele”, conta Juçara. E isso aconteceu. Apesar de decepcionar Frida muitas vezes, Rivera sempre reconheceu o valor da arte da esposa.

Juçara destaca que a figura de Frida se tornou um ícone pop e seu rosto estampa souvenirs, mas não concorda com sua imagem “idealizada”. Ela foi uma mulher que teve muitos sofrimentos físicos e emocionais, especialmente após um acidente. Desde cedo, ela sofreu bullying. “Ela teve o corpo partido, cheio de cicatrizes. Ela foi uma pessoa com deficiência (PCD) e para algumas pessoas é difícil deglutirem isso, porque é muito melhor imaginar que ela fosse perfeita”, opina. Se há algo para admirar é a sua força de vontade para viver e ter a sua arte como um incentivo e esperança.

Para conseguir expressar este drama da pintora, Juçara conta que no desenvolvimento da peça a equipe foi buscar no flamenco os recursos técnicos corporais para utilizar no palco. “A gente queria um corpo que mostrasse esse foguete que era essa mulher de força, de quentura, de paixão, de profusão artística, de infinita imaginação criativa. E, ao mesmo tempo, num corpo que não a acompanhava”, explica Juçara.

Os textos foram baseados no que a própria Frida escreveu. E ali estão seus sonhos de um mundo de equidade entre mulheres e homens, além de uma revolução íntima e pessoal que ela traz para nós.

Confira entrevista com a atriz:


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