Fundação do Estado de Israel ganha celebração

Fundação do Estado de Israel ganha celebração

Casa de Cultura Mario Quintana e Iecine lembram a data, a partir do legado da família Scliar, em “3x Scliar”

Correio do Povo

Evento destaca o legado de uma família judaica na cultura do RS e do Brasil, por meio da obra do fotógrafo Salomão Scliar, do escritor Moacyr Scliar.e do artista plástico Carlos Scliar

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A Casa de Cultura Mario Quintana (CCMQ) e o Instituto Estadual de Cinema (Iecine) realizam uma atividade especial em comemoração à fundação do Estado de Israel, ocorrida em 14 de maio de 1948: “3x Scliar”. A programação destaca o legado de uma família judaica na cultura do Rio Grande do Sul e do Brasil, por meio da obra do artista plástico Carlos Scliar, do fotógrafo Salomão Scliar e do escritor Moacyr Scliar.

Os eventos começam desta quinta até sábado, sempre às 18h, pelo Facebook da CCMQ, contando com a presença da secretária de Estado da Cultura, Beatriz Araujo, e do vice-cônsul de Israel em São Paulo, Aviel Avraham, na abertura. Serão três aulas abertas, com especialistas nas obras dos artistas homenageados. Hoje, o pesquisador Glênio Póvoas discorre sobre Salomão Scliar; amanhã, a crítica de arte Paula Ramos apresenta a trajetória de Carlos Scliar e neste sábado, a escritora Cíntia Moscovich palestra sobre a obra de Moacyr Scliar.

O diretor do Iecine, Zeca Brito, observa que, nas artes visuais, no cinema e na literatura, três jovens da mesma família trilharam caminhos diferentes, do realismo ao universo fantástico, mantendo em comum a constante visão crítica sobre a sociedade e sobre as desigualdades no campo (Carlos), no litoral (Salomão) ou nas periferias de grandes cidades (Moacyr). “A família Scliar pontuou a visão humanizada e o sentido social na produção artística sulista. Com ‘3x Scliar’, buscamos valorizar a contribuição cultural que esses artistas de origem judaica deram ao RS e ao Brasil”, salienta Brito.

Os Scliar

O jovem artista plástico, Carlos Scliar (1920–2001), durante a Segunda Guerra Mundial, alistou-se na Força Expedicionária Brasileira para combater o nazismo. No front, desempenhou papel fundamental como projetista de bombas, mas também retratou com sensibilidade, por meio de desenhos que ficaram para a história, seus dias em Monte Castelo.

Seu irmão, o fotógrafo Salomão Scliar (1925–1991), embebido pelo ambiente de revolução artística, inaugurou o realismo estético na cinematografia do Rio Grande do Sul com o longa-metragem “Vento Norte”.

Moacyr Scliar (1937–2011), o primo escritor, fez da literatura sua arma de denúncia social e de maneira crítica pontuou diferentes momentos de nossa história através de suas tramas e personagens. O movimento da Legalidade, a sufocante ditadura militar e o ambiente judaico em Porto Alegre seriam temas que passariam por sua escrita.  

 


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