Fundação Iberê apresenta 80 anos da produção de ‘Livros de Artista’

Fundação Iberê apresenta 80 anos da produção de ‘Livros de Artista’

A exposição, com acervo da Coleção Itáu Cultural, ganha abertura neste sábado, dia 3 de fevereiro

Correio do Povo

Obra 'O Meu e o Seu', de Antonio Henrique Amaral, integra a mostra

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‘Narrativas em Processo: Livros de Artista na Coleção Itaú Cultural’ chega a Porto Alegre depois de percorrer sete cidades do Brasil – a última foi o Rio de Janeiro, no Museu de Arte do Rio (MAR). A mostra, que pode ser conferida na Fundação Iberê (Padre Cacique, 2000), a partir deste sábado, dia 3 de fevereiro, às 14h, apresenta um percurso de mais de 80 anos desse tipo de produção no cenário brasileiro. Com curadoria de Felipe Scovino, a mostra tem foco em artistas brasileiros na transição entre o moderno e o contemporâneo e está organizada em cinco eixos temáticos.

Confira o eixos temáticos e artistas:

Rasuras

Eixo reúne peças que se colocam à margem de uma narrativa obediente ao pragmatismo. É o lugar de uma escrita que nasce para não ser compreendida, que é oferecida ao mundo com certo grau de violência e gestualidade. Entre as peças estão livros de Adriana Varejão, Artur Barrio e Fernanda Gomes, que compõem parcialmente a série ‘As Potências do Orgânico’ (1994/95), e o livro de Tunga são índices de corpos transmutados em livros .

Paisagens

Este segmento traz mostra que os livros dos artistas podem problematizar a paisagem enquanto um labirinto sensorial, como é a obra de Jorge Macchi; a paisagem como uma partitura que logo se transforma em desenho, como em Montez Magno e Sandra Cinto. Evidenciar uma ampla gama de paisagens sociais atreladas a questões fundamentais para a compreensão do Brasil enquanto sociedade plural, como são os casos de Dalton Paula, Lenora Barros, Rosana Paulino e Eustáquio Neves.

Álbuns de gravura

Álbuns em tiragem limitada estão concentrados no eixo Álbuns de gravura, composto de obras de artistas visuais que tiveram atuação determinante na passagem do moderno ao contemporâneo no Brasil. Concentra distintas análises, que exploram a reflexão sobre o diálogo entre a produção artística e os meios de experimentação, tendo o livro como forma e a serialidade como meio. Carlos Scliar, Glauco Rodrigues e Glênio Bianchetti, que fundaram o icônico Grupo de Bagé, por exemplo, estão presentes em ‘Gravuras Gaúchas’ (1952).

Uma escrita em branco

Neste núcleo, os visitantes encontram livros que evidenciam a forma, o peso e a estrutura da obra ao invés da palavra, como Brígida Baltar, com Devaneios/Utopias (2005), Débora Bolsoni, com Blocado: A Arte de Projetar (2016), e Waltercio Caldas, com Momento de Fronteira (1999) e Estudos sobre a Vontade (2000).

Livros-objetos

Esse eixo reúne e homenageia reúne e homenageia os pioneiros no Brasil dos chamados livros-objetos e sua intersecção direta com a poesia concreta. São três livros feitos em parceria entre Augusto de Campos e Júlio Plaza: Caixa Preta (1975), Muda Luz (1970) e Objetos (1969).

Serviço

Fundação Iberê (Padre Cacique, 2000)

Visitação de 3 de fevereiro a 31 de março, de quintas a domingos, das 14h às 18h
Às quintas, a entrada é gratuita; nos demais dias, os ingressos custam entre R$10 e R$30


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