Fundação Iberê Camargo abre duas novas exposições

Fundação Iberê Camargo abre duas novas exposições

Inauguração acontece nesta quinta com apresentação musical e performance cênica

Correio do Povo

Estudos de Iberê para "Lendas do Sul" (1965), de Simões Lopes Neto

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A Fundação Iberê Camargo (Padre Cacique, 2000), em Porto Alegre, inaugura, nesta quinta-feira, das 19h às 21h, “No Drama” e “Depois do fim”, duas mostras que dão início a uma nova etapa cultural da instituição. A proposta, a partir de agora, será a de dialogar com outras manifestações, como música, cinema e teatro. Dentro desta concepção, a abertura terá a exibição dos músicos Vagner Cunha, Ernesto Fagundes e Luciano Maia, e uma performance do ator Jairo Klein para textos de Fernando Pessoa e de Iberê. Na sexta, a visitação pode ser feita, das 13h às 18h, sendo às 16h30min, mediada pelos dois curadores. E sábado, na Noite dos Museus, das 19h às 23h, com várias atrações como Pedro Dom (clarinete solo) e Milene Aliverti (violoncelo).

"No Drama”, o curador Eduardo Haesbaert destaca a relação de Iberê com outras artes, como em um conjunto de painéis, no qual Iberê pintou figuras de “Salamanca do Jarau”, de Simões Lopes Neto. O vínculo estreito de Iberê com o teatro pode ser conferido nos guaches criados para a encenação “O Homem com a Flor na Boca”, de Luigi Pirandello, com atuação de Manoel Aranha. A interação entre os dois artistas, ambos doentes na época, aparece em guaches luminosos, claros e com vivacidade.

O texto “As Criadas”, do dramaturgo francês Jean Genet, segundo o curador, ganha uma materialidade própria em pinturas pérfidas e misteriosas. Ao lado está o retrato de duas amigas de Iberê, Jane e Mariza. Preparadas para uma festa, elas passam na casa de Iberê. De acordo com o Haesbaert, o artista ficou tão encantado com a aparência dramática das amigas que as convidou para serem retratadas. “O resultado está na pintura na qual se vê duas mulheres de expressiva fisionomia, como que siamesas em seu comum semblante carregado de horror”, destaca.

Em “Depois do Fim”, o curador Bernardo de Souza parte da ideia de fim do mundo para conceber a FIC como cápsula do tempo que abriga elementos da memória afetiva do homem. Ele adianta que a ideia é que o público “venha como quem visita um sítio arqueológico para explorar vestígios”. Obras de 40 artistas, de diferentes períodos, estão dispostas por vários andares da fundação, ao lado de objetos do cotidiano, como um sofá e um bebedouro. Para entrar no clima de fim, na entrada, uma guarita de Elaine Tedesco, criando um contraste com a estrutura do prédio da fundação, e um meteoro de Michel Zózimo.  

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