Furto cancela Porto Verão Alegre no Teatro Renascença
Por questões técnicas, festival não será realizado no local
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Realizado tradicionalmente em janeiro e fevereiro, o Porto Verão Alegre em 2021 foi transferido para 10 de março a 11 de abril, seguindo os protocolos de segurança, de limitação de público impostos pela pandemia. Mas o Teatro Renascença não estará na grade, por conta do furto ocorrido no Centro Municipal de Cultura, no início deste mês, de fiação e tubulação, que deixou a Sala Álvaro Moreyra às escuras e o Renascença, sem ar condicionado.
O sucateamento e a falta de segurança ocasionada pela retirada da Guarda Municipal dos equipamentos culturais, ainda na gestão passada, propiciou no início de janeiro, o furto da fiação e caixa de luz da Travessa Paraíso, no Morro Santa Teresa, sede do Porto Alegre em Cena. No dia 2 deste mês foram levados cabos de iluminação cênica e ar condicionado do Renascença e no dia seguinte, da Álvaro Moreyra. “Como depende de licitação, não vai dar tempo. Estamos buscando um plano B para realocar os 15 espetáculos que estavam programados”, afirma Rogério Beretta, coordenador do Porto Verão Alegre, junto com Zé Victor Castiel.
O produtor lembra que em 2019, o festival arrumou o palco da Sala Álvaro Moreyra e no ano passado conseguiu aparelhos de ar condicionado para o Renascença. Há 22 anos os gestores movimentam o verão da capital gaúcha com o evento, enfrentando adversidades como escassez de espaços e falta de Plano de Prevenção de Incêndio (PPCI’s) nos mesmos, entre muitos outros. “São 22 anos brigando contra isto. A gente tem esperança de que vá melhorar, e nada! E montar um festival em plena pandemia, quase sem patrocínio, é uma tarefa inglória”, desabafa.
“A gente está insistindo na melhoria da segurança e o comandante da Guarda Municipal assegurou que haverá durante toda a noite”, disse o secretário municipal de Cultura, Gunter Axt, que no início de fevereiro pediu a poda do mato e das árvores que poderiam ser usadas para acessar o telhado do Centro Municipal de Cultura, pedido que já foi atendido. “Estamos providenciando urgência para o material roubado, mas não temos previsão e espero que seja o mais rápido. É preciso entender q existe uma tramitação q passa por várias secretarias”, disse, acrescentando que deseja melhorar a iluminação do estacionamento. No local, o Atelier Livre não está com atividades presenciais e nem a Sala Álvaro Moreyra. A Biblioteca Josué Guimarães tem feito atendimentos externos mediante agendamento e o Renascença sediou algumas lives, sem público, em janeiro. “A ideia é que abra a partir de março com plateia, obedecendo os protocolos e se a crise pandêmica permitir”, apontou Gunter.