Grazi Massafera e Reynaldo Gianecchini causam frenesi em Gramado
Ambos atuam no thriller "Uma Família Feliz"
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Grazi Massafera e Reynaldo Gianecchini causaram frenesi na noite de ontem no tapete vermelho do Festival de Cinema de Gramado. Eles protagonizam o filme "Uma Família Fez", em que vivem um casal.
A personagem Eva (Grazi) começa a narrativa grávida e em seguida dá à luz a um menino. O marido (Gianecchini) era viúvo antes de se casar com Eva. Ele já tinha filhas gêmeas do relaciomento anterior e Eva assumiu o papel de mãe das meninas. Eles vivem em um condomínio fechado, aparentemente de um padrão classe média-alta, mas no momento não tem babá nem empregada.
Aos poucos, Eva se sente sobrecarregada e cansada. E acontecimentos preocupantes começam a ocorrer. As crianças aparecem com hematomas, sem que se saiba como aconteceram. As suspeitas recaem sobre Eva.
O roteiro, assinado por Raphael Montes, apresenta "falsas" pistas, levando o espectador ora a achar que é uma pessoa ora outra. Montes é conhecido por livros e séries de suspense, como "Bom dia, Verônica" (Netflix).
A direção é de José Eduardo Belmonte, que esteve na competição em Gramado no ano passado com o filme "O Pastor e o Guerrilheiro".
Apesar da presença dos famosos terem agitado os fãs e fotógrafos na entrada, a recepção ao final da exibição foi fria. Na fila de cadeiras reservadas aos críticos, praticamente nenhum aplaudiu.
DEBATE
Na entrevista na sala de debates nesta quinta-feira pela manhã, o diretor comentou que a proposta deste filme é ser um thriller. Mas outras questões são também abordadas, apesar de não serem o tema central. Uma delas é o linchamento virtual e social quando uma suspeita recai sobre um pessoa, além do "cancelamento", o que, a certa altura do filme, ocorre com Eva. Belmonte contou ainda que se inspirou na obra do cineasta francês Claude Chabrol (1930 - 2010) para construir a atmosfera do filme.
A atriz Grazi Massafera agradeceu à equipe, admitindo que até agora fez mais trabalhos em televisão e sua experiência em cinema está se aprofundando. "Estou aqui fazendo cinema desafiando a mim mesma. Já trabalhei por dinheiro, por vaidade, agora estou em outro momento, mais amadurecida e trabalho por desejo e pelo cunho social da profissão", disse a atriz. Ela ainda opinou que é necessário se falar mais sobre puerpério, que atinge muitas mulheres.
O roteirista destacou que o ambiente de condomínios é constantemente vigiado, o que gera uma tensão a mais na família que passa por uma crise. Questionado sobre questões da narrativa, ele admite que há cenas inverossíveis e comentou que no gênero suspense nem tudo precisa ser mostrado, algumas cenas podem ficar subentedidas ou em aberto.
Reynaldo Gianecchini participou da sessão no Palácio dos Festivais na quarta-feira à noite, mas nesta quinta-feira pela manhã já deixou Gramado para pegar um voo.