Grupo Tapa faz temporada on-line

Grupo Tapa faz temporada on-line

A peça "A Mandrágora" serve de parábola para as argumentações sobre política de Maquiavel

Correio do Povo

Espetáculo ‘A Mandrágora’ com o grupo Tapa

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Escrita em 1503 e considerada um marco do teatro ocidental por ter sido a primeira comédia moderna a ser reconhecida como um dos grandes espetáculos da época, “A Mandrágora” serve de parábola para as argumentações sobre política de Nicolau Maquiavel. O grupo Tapa montou esse texto pela primeira vez em 1988 e agora, direto do Teatro da Aliança Francesa, faz uma curta temporada on-line, sob a direção de Eduardo Tolentino de Araújo. As sessões ocorrem deste final de semana até 14 de março, de sextas a domingos, sempre às 19h, pela plataforma Zoom e ingressos via Sympla.

A peça apresenta o jovem e rico italiano Calímaco, que se faz passar por médico para conquistar o amor de Lucrécia, uma mulher casada que sofre por não conseguir engravidar. Com o consentimento do marido, do padre e da mãe da moça, o falso doutor receita um suspeito tratamento à base de mandrágora, uma raiz conhecida por suas propriedades afrodisíacas.

“É grande a expectativa para essa versão em tempos pandêmicos, queremos ver se ela vai encontrar a mesma comunicação com o público que as anteriores obtiveram. Material para isso há, afinal quando Maquiavel escreveu “A Mandrágora”, a Europa passava por um surto de cólera. As pandemias passam, apesar dos poderosos que o autor florentino tão bem retratou”, conta Tolentino. Ao longo desses anos, vários elencos se sucederam para contemplar as faixas etárias das personagens, assim como diferentes abordagens relacionaram, essa peça escrita na época do descobrimento do Brasil, com as transformações da nossa sociedade.

Da montagem original de 1988, ambientada em um tabuleiro de xadrez, restam Brian Penido Ross, Guilherme Sant’Anna (Prêmio APCA de Melhor Ator) e o diretor Eduardo Tolentino de Araujo (Prêmio Governador do Estado de Melhor Direção). Também no elenco, André Garolli, Bruno Barchesi, Isabella Lemos, Maria do Carmo Soares e Paulo Marcos. Viabilizada com financiamento da Lei Aldir Blanc, a peça possui ingressos populares, sendo que o público pode contribuir com outros valores, para ajudar na manutenção do coletivo.


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