Hamilton de Holanda participa hoje do festival O Som das Palafitas

Hamilton de Holanda participa hoje do festival O Som das Palafitas

Evento que segue até 28 de novembro homenageia Moraes Moreira e inclui lives de Moreno Veloso, Davi Moraes e Armandinho Macedo

Correio do Povo

Compositor e instrumentista Hamilton de Holanda

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O festival O Som das Palafitas tem levado anualmente apresentações musicais gratuitas de nomes consagrados, como Armandinho Macedo, Luiz Caldas, Geraldo Azevedo, Hamilton de Holanda e A Cor do Som ao Dique da Vila Gilda, em Santos (SP), comunidade onde mais de 25 mil pessoas vivem sobre palafitas, a maior favela do gênero no país e uma das maiores da América Latina. A iniciativa do Instituto Arte no Dique ocorre de forma on-line em 2020, em virtude da pandemia, quando ganha caráter filantrópico, visando arrecadar fundos para a compra de equipamentos e reforma da fachada da ONG. Os shows acontecem sempre sábados, às 20h, ao vivo, e são transmitidos pela página www.facebook.com/artenodique, onde há um QR Code para quem desejar fazer doações. 

Na maior edição já realizada será prestada homenagem a Moraes Moreira, com ao menos uma música em cada show, do cantor e compositor baiano, falecido em abril último. Moraes foi um dos patronos do Arte no Dique, tendo se apresentado no espaço e sendo conterrâneo e amigo do presidente da entidade, José Virgílio Leal de Figueiredo. A agenda abriu no dia 10 deste mês com Sandra de Sá; seguiu com José Gil e Maria no dia 17 e os músicos do Charlie Brown Júnior, dia 24. Neste sábado será a vez de Hamilton de Holanda, e nos dias 7, Moreno Veloso; 14, Gilmelândia e Luciano Calazans; 21,  Davi Moraes e 28 de novembro, Armandinho Macedo

Hamilton de Holanda
Nasceu em 30 de março de 1976 em uma família musical. Seu primeiro instrumento, aos 4 anos de idade, foi a Melódica. Dois anos depois (1982), começou sua carreira profissional, aos 6, como um prodígio do bandolim em um programa de TV nacional (“Fantástico”). Hoje, como compositor, improvisador, líder de banda, a música deste educador transcende os gêneros e encanta o público. A construção de sua música vem do incentivo familiar, da consolidação do diploma universitário em Composição e da liberdade das tocatas nas ruas de Brasília, onde cresceu. Seu primeiro gênero foi o Choro, uma herança cultural brasileira, primo do Jazz.

Foi um dos fundadores da primeira Escola de Choro no mundo (Brasília/1997) e idealizou a petição ao Congresso Nacional para conceder ao Choro um Dia Nacional. Como resultado, desde 23 de abril de 2000 é comemorado no Brasil o dia Oficial do Choro, por proclamação do então presidente brasileiro, expondo a primeira música popular brasileira ao povo. Também em 2000, um ano emblemático para ele, reinventou o tradicional bandolim de 8 cordas, adicionando um par de cordas graves extras afinadas em Dó (indo de 8 a 10), dando-lhe uma voz mais profunda, que emancipa o emblemático instrumento brasileiro do legado de algumas de suas influências e gêneros. O aumento no número de cordas, combinado com os solos rápidos, contrapontos e improvisações, inspira uma nova geração a pegar o bandolim de 10 cordas.
 
Seu tocar e improvisar transcende limitações e gêneros, interagindo com outras tradições musicais, conjuntos e instrumentos. Isso permite que ele seja o solista convidado do Wynton Marsalis e sua Jazz at Lincon Center Orchestra, ou executar suas próprias composições com orquestras sinfônicas de todo o mundo; dos festivais rock e pop ao megashow de Dave Mathews Band no The Gorge; do lendário palco do Central Park em Nova York aos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro; dos nobres museus, como o Smithsonian em Washington ou o Grand Palais de Paris até o nosso famoso Carnaval no Rio de Janeiro. Lugares como Austrália, Paris, Alemanha, Amsterdã, Roma, Noruega, Los Angeles e outras cidades e festivais ao redor do planeta. Já dividiu o palco ou gravou com Wynton Marsalis, Chick Corea, The Dave Mathews Band, Paulinho da Costa, Chucho Valdes, Egberto Gismonti, Ivan Lins, Milton Nascimento, Joshua Redman, Hermeto Pascoal, Gilberto Gil, Richard Galliano e John Paul Jones, Bela Fleck, Stefano Bollani entre muitos outros.
 
No Brasil alcançou status de estrela, recebendo o carinho do público nas ruas e vários prêmios de críticos e pares. É um músico multipremiado, vencedor de vários Grammy Latinos, Prêmio da Música Brasileira, Echo Jazz, Choc e inúmeras indicações. Promoveu concertos beneficentes para as grandes tragédias e projetos sociais no Brasil, como o ABRACE, que oferece assistência social a crianças e adolescentes com câncer e doenças do sangue. Apoia programas musicais para pessoas de áreas economicamente desfavorecidas para reforçar sua imagem e ajudar os jovens a encontrar inspiração e emprego.
 
Possui uma longa discografia, seja suas próprias composições ou homenagens a alguns de seus ídolos, tendo lançado seus trabalhos em sua própria gravadora independente, Brasilianos, ou em parceiros mundiais como Universal, ECM, MPS, Adventure Music. Entende que a indústria musical precisa de definições de categorias para a música que toca, como por exemplo Jazz, Brazilian Jazz, Brazilian Popular Music; mas para ele, a inspiração transcende os rótulos, é algo que cresce livremente sem a necessidade de ser definido. Gosta de se explicar como um explorador musical em busca de beleza e espontaneidade.
 


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