Harvey Weinstein e James Dolan são processados por agressão sexual nos EUA

Harvey Weinstein e James Dolan são processados por agressão sexual nos EUA

Ambos negam a acusação da ação judicial que também menciona tráfico de pessoas

AFP

Harvey Weinstein e James Dolan em evento de cinema no Canadá em 2013

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Uma mulher que trabalhou como massagista para a banda de rock Eagles entrou com uma ação acusando o ex-produtor de cinema Harvey Weinstein e James Dolan, o bilionário por trás do famoso Madison Square Garden (MSG) de Nova York, de agressão sexual e tráfico de pessoas. No documento judicial, a demandante Kellye Croft alega que Dolan - cujo grupo MSG gerencia as equipes profissionais nova-iorquinas de basquete Knicks e de hóquei Rangers - a obrigou a manter uma relação sexual não desejada em 2013, antes de organizar um encontro com Weinstein, que está preso por múltiplas agressões sexuais e estupro.

Tanto Dolan quanto Weinstein negam as acusações. Dolan contratou Croft como massagista de Glenn Frey - membro fundador da banda Eagles, falecido em 2016 - há uma década, quando ela tinha 27 anos e ele 58. Nos documentos apresentados em um tribunal federal de distrito de Los Angeles, a atividade de Croft é descrita como um trabalho 'dos sonhos' que teve consequências dolorosas nas mãos dos dois poderosos homens, que na época controlavam a mídia e o entretenimento.

Dolan começou a agendar massagens com Croft, que alega que ele era 'extremamente assertivo' e 'extremamente manipulador', pressionando-a repetidamente para manter relações sexuais não desejadas ao longo da turnê, enquanto ela 'se sentia obrigada', diz a ação. Segundo a demandante, Croft se juntou à turnê dos Eagles em janeiro de 2014, em Los Angeles. A ação acusa Dolan de facilitar seu transporte através das fronteiras estaduais 'para fins de sexo induzido por força, fraude ou coerção'.

Quando estava na Califórnia, Dolan facilitou um encontro de Croft com Weinstein, onde ele pediu que ela experimentasse uma roupa e lhe fizesse uma massagem. O então poderoso executivo do cinema a agrediu sexualmente antes que o telefone começasse a tocar e era Dolan quem ligava, indica o documento.'James Dolan me manipulou, me levou à Califórnia para abusar de mim e armou uma armadilha para que Weinstein me agredisse', afirmou Croft em um comunicado feito por meio de seu advogado.

Weinstein, de 71 anos, atualmente cumpre uma pena de 23 anos por crimes sexuais imposta por um tribunal de Nova York. Também foi condenado a 16 anos por um tribunal de Los Angeles por estupro, sentença que cumprirá em seguida.Em 2018, após a avalanche de acusações contra Weinstein, Dolan tentou se distanciar de seu outrora amigo próximo. Ele já havia inclusive integrado o conselho de administração da Weinstein Company.


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