Homenagem ao poeta da consciência negra

Homenagem ao poeta da consciência negra

Oliveira Silveira morreu há 11 anos e foi um dos idealizadores do Dia da Consciência Negra (20/11). Feira tem mesa especial hoje

Escritor Oliveira Silveira nasceu em 1941 e morreu em 1º de janeiro de 2009

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Este poeta e pesquisador que nasceu em Touro Passo, distrito de Rosário do Sul em 1941 e morreu em Porto Alegre em 2009 talvez tenha sido o escritor mais significativo do Rio Grande do Sul para a literatura feita por negros e pelo ativismo pela igualdade. Oliveira Silveira, graduado em Letras – Português e Francês, pela Ufrgs, docente de Português e Literatura no ensino médio, com escritos na imprensa, dez livros individuais de poesia publicados e ativista do movimento negro. Um dos criadores do Grupo Palmares, de Porto Alegre, ele estudou a data e sugeriu que o 20 de novembro fosse o Dia Nacional da Consciência Negra, em 1978. 
Onze anos após a sua morte, ocorrida em 1º de janeiro de 2009, Oliveira ainda é pouco estudado nas universidades e também ainda não reconhecido pela crítica e pela docência brasileira de um modo geral. Autor de livros como “Décima do negro peão” (1974), “Praça da Palavra” (1970) e “Pelo Escuro” (1977), Oliveira recebe uma justíssima e necessária homenagem nesta 66ª Feira do Livro de Porto Alegre. A Feira terá hoje, às 18h, um debate especial, com a participação do professor, crítico e ex-patrono da Feira Antonio Hohlfeldt, do escritor e patrono da 66ª Feira do Livro de Porto Alegre Jeferson Tenório e da poeta Lilian Rocha (“Menina de tranças” / Taverna, 2018).
As questões ligadas à pandemia se farão presentes na mesa subsequente, às 19h30min, com o título “Literatura e Medicina: o Humano no Centro”. Escritores e médicos. Dores e alegrias. A literatura e a medicina têm pontos em comum. A começar por situar o humano, o mundano e a vida no centro. A mesa reúne o médico Drauzio Varella, de livros como “Prisioneiras” (Companhia das Letras, 2017), e “Estação Carandiru” (Companhia das Letras, 1999), conversa sobre o tema com a escritora e ex-patrona da Feira Lya Luft (“As coisas humanas” / Record, 2020) e com o médico Gilberto Schwartsmann (“Meus olhos” / Sulina, 2019). 

 


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