Homenagem aos 114 anos de nascimento de Mario Quintana
Casa de Cultura publica vídeo, lança projeto e organiza acervo do poeta
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A Casa de Cultura Mario Quintana presta homenagem ao 114° aniversário de nascimento do poeta nesta quinta-feira. A primeira ação será a publicação de um vídeo da leitura do poema “Canção do amor imprevisto”, gravado pela atriz e escritora Bruna Lombardi, considerada uma das musa do escritor.
Também lança o projeto “Poetas Diversos”, com a intenção de reunir jovens poetas, convidados a recitar textos autorais em vídeos a serem exibidos, nas segundas e quartas-feiras, ao longo do mês de agosto. “A proposta é restituir o som, as imagens e a escuta de líricas múltiplas, muitas vezes oprimidas no veloz correr dos dias e pela imposição esmagadora de padrões sociais”, comenta Diego Groisman, historiador da arte e diretor da CCMQ.
Além do aniversário do poeta, a CCMQ completa 30 anos e organiza uma plataforma virtual para reunir, em um único endereço on-line, um acervo multimídia de fotos, documentos, vídeos, entrevistas e outros registros da obra e da trajetória do escritor. A “Quintanoteca” pretende facilitar a pesquisa sobre Quintana, garantindo acesso público e gratuito ao material. “É uma maneira de organizar e valorizar esse acervo audiovisual e imagético, colaborando com a preservação da memória do poeta”, comemora o diretor. Todas as atividades e projetos podem ser conferidos nas plataformas digitais da instituição.
Mario Quintana
Os poemas de Mario Quintana estão perenes, atravessaram o tempo e chegam em 2020 com a mesma capacidade de conquistar o leitor. Em frases curtas, ele sintetizou temas importantes da vida cotidiana.
“A arte de viver
É simplesmente a arte de conviver
Simplesmente, disse eu?
Mas como é difícil!”
Mario Quintana (Alegrete 30 de julho 1906 – Porto Alegre 5 de maio de 1994) publicou mais de 20 livros, sem contar as antologias. O primeiro, aos 34 anos, "A Rua dos Cataventos", e, o último, em 1990, "Velório sem Defunto". Poeta, jornalista e tradutor, no jornal Correio do Povo, escrevia a coluna "Caderno H". Era conceituado como o "poeta das coisas simples", combinando ironia, humor, profundidade e técnica em suas obras. Morreu aos 87 anos.
O poeta morou no Hotel Majestic (atual Casa de Cultura), de 1968 a 1980. A escolha por morar em um hotel fazia parte de sua personalidade e tornou-se uma de suas marcas. Depois de deixar o Majestic, por problemas financeiros, foi para o Hotel Royal e ficou em um quarto cedido pelo ex-jogador Paulo Roberto Falcão, proprietário na época.
A uma amiga teria dito: "Eu moro em mim mesmo. Não faz mal que o quarto seja pequeno. É bom, assim tenho menos lugares para perder as minhas coisas". Na CCMQ, há o espaço “Quarto do Poeta”, uma reconstituição fiel com móveis e objetos pessoais do poeta.
Vídeo de Bruna Lombardi: https://www.facebook.com/CCMQportoalegre/videos/572860173391801