Houellebecq defende direito de escrever livro islamofóbico

Houellebecq defende direito de escrever livro islamofóbico

Autor acredita que atentados mostram envolvimento do povo francês com a liberdade de expressão

AFP

Escritor defende que "Sumisión" não tem caráter islamofóbico

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O escritor francês Michel Houellebecq, que apresentou na noite desta segunda-feira seu livro "Sumisión" na Alemanha, afirmou que a obra não é islamofóbica, mas reivindicou o direito de fazer um trabalho assim com base na liberdade de expressão. "Temos o direito de escrever um livro islamofóbico", afirmou em sua participação no festival internacional de literatura LitColonia, na cidade de Colônia.

O autor, que interrompeu a promoção da obra após os atentados jihadistas que deixaram 17 mortos na França entre 7 e 9 de janeiro, considerou que as grandes manifestações provocadas pelos ataques mostram mais o envolvimento dos franceses com a liberdade de expressão do que com uma vontade de união nacional. O escritor disse ainda que para ser herói, às vezes, basta ser teimoso. "Os chargistas do Charlie Hebdo eram tipicamente teimosos", comentou.

"Sumisión", onde Houellebecq imagina uma França dirigida pelo líder de um partido muçulmano, é um sucesso na Alemanha, onde em apenas alguns dias já vendeu 100 mil exemplares. O editor alemão DuMont prevê uma segunda edição, com mais 50 mil cópias. Sobre o livro, o autor considerou não ter feito o jogo do partido de extrema direita francês Frente Nacional (FN). "Nunca vi alguém mudar seu voto após ter lido um romance", disse.

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