Igreja das Dores recebe doações até o fim do mês para construir museu de arte sacra

Com sua arquitetura imponente e uma escadaria que se tornou símbolo de Porto Alegre, a Igreja Nossa Senhora das Dores entra na fase final da preparação para receber o primeiro museu de arte sacra da Capital, cujo projeto prevê uma sala para exposição permanente e interativa, e um espaço para mostras temporárias e projeções de vídeo. Além das programações elaboradas, serão expostos mais de dois mil itens que já fazem parte do acervo da igreja. Para que o proposta saia do papel, o Padre Luís Carlos de Almeida e a diocese da Capital contam com o apoio da população.

Tanto pessoas físicas quanto jurídicas podem fazer doações em apoio ao Memorial Igreja das Dores de Porto Alegre, cujo prazo de captação de recursos está chegando ao fim. Os interessados em auxiliar na construção têm até 31 de dezembro para fazê-lo. A vantagem é que, ao mesmo tempo em que se ajuda a dar vida a um novo cenário para a arte, cultura, arquitetura e história na cidade, os apoiadores podem abater o valor investido do seu imposto de renda, recuperando 100% do valor investido, uma vez que a iniciativa tem incentivo da Lei Rouanet do Ministério da Cultura.

Para ter o valor restituído, basta fazer uma doação no limite de 6% do Imposto de Renda devido pela Pessoa Física e 4% pela Pessoa Jurídica para a conta Banco do Brasil N° 001, Agência 0010-8, número da conta 255327. Depois, é preciso enviar o comprovante para o e-mail cultura@igrejadasdores.org.br. Na declaração do ano que vem, basta informar os pagamentos efetuados na ficha "Doações Efetuadas" indicando o nome do beneficiário, o número de inscrição no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), o código e o valor doado - a Igreja das Dores vai confirmar os dados quando o comprovante de depósito for enviado.

De acordo com o Pe. Almeida, a ideia de criar um museu no local é um sonho antigo da comunidade. “Nossa Igreja está no coração da cidade e quase todo turista passa por aqui. Mesmo não tendo implementado um espaço próprio para receber visitas, elas acontecem todos os dias”, diz. O pároco argumenta que a realização do projeto é algo positivo não somente para Igreja, mas para toda a sociedade. Ele explica que todo o percurso cultural deve incluir espaços que o público não tem acesso, como as torres, cuja lenda sobre sua construção permeia o imaginário popular.