Intolerância e espionagem nas telas

Intolerância e espionagem nas telas

Opções são indicado ao Oscar ‘Belfast’ e a ação ‘Agente das Sombras’, com Kenneth Branagh e Liam Neeson

Marcos Santuario

Jude Hill, com dez anos de idade, é um dos integrantes do elenco de ‘Belfast’, escrito e dirigido por Branagh

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Eles são dois nomes conhecidos e reconhecidos, mas que estão, normalmente, em diferentes universos cinematográficos. O público pode conferir as nuances de atuação e escolhas cinematográficas de Kenneth Branagh e Liam Neeson a partir de hoje nos cinemas com a estreia de “Belfast” e de “Agente das Sombras”. O primeiro é escrito e dirigido por Branagh e conta a história bem-humorada, terna e fortemente pessoal da infância de um menino em meio a um tumulto do final dos anos 1960 na cidade de nascimento do diretor. Vencedor do Festival de Toronto 2021 e com sete indicações ao Oscar 2022, incluindo Melhor Filme, Direção e Roteiro “Belfast”, é um filme que nasce da própria experiência de Branagh e que reflete muito destas origens e visões pessoais. Na trama, o menino de nove anos deve avançar para a vida adulta em meioaum mundo que de repente foi invadido pela violência e pela intolerância. Sua comunidade, antes estável e amorosa, torna-se lugar totalmente diferente, e tudo o que ele achava que entendia sobre a vida mudou para sempre. O que permanece com ele é a alegria, o riso, a música e a mágica imaginação. E é com este clima que o elenco é estrelado por Caitríona Balfe, Judi Dench, Jamie Dornan, Ciarán Hinds e pelo iniciante Jude Hill, de dez anos. Na distribuição do elenco, Dornan e Balfe vivem um casal apaixonado, pertencente à classe trabalhadora, e envolvido no caos. Já Dench e Hinds são os avós amorosos e perspicazes. Tudo isso regado à sonoridade e musicalidade de Van Morrison, que embala a trama. 

A outra novidade nas telonas traz o recente trabalho do diretor Mark Williams, o mesmo de “Um Homem de Família”, para a atuação do astro Liam Neeson em “Agente das Sombras”. Williams foi criador da série “Ozark”, e revelou que a inspiração para “Agente das Sombras” veio de um projeto de contra-inteligência do FBI dos anos de 1960 e 1970. Para viver a história ele colocou Neeson na pele do agente Travis Block que trabalha infiltrado e se envolve em uma trama capaz de expor corrupção e mortes orquestradas por autoridades do país. Tem morte de mulher da política, ao estilo “quem matou Marielle” e tem Neeson bancando agora o avô preocupado, mas imerso em seu trabalho que lhe deixa cicatrizes na personalidade e na conduta. Para criar as cenas de ação, a produção encontrou alternativas tecnológicas usando combinação de projeções em LED com a Unreal Engine Technology, criando uma realidade virtual para segurança do já veterano ator. O filme tem ainda a presença de outro veterano: Aidan Quinn como o diretor do FBI, Bill Robinson; e Emmy Raver-Lampman, da série “The Umbrella Academy”, intensa no
papel de uma ambiciosa e destemida jornalista, interessada em desvendar a verdade. Tudo girando ao redor do agente secreto emocionalmente instável, que se tornou uma ameaça ao FBI, vivido pelo ator Taylor John Smith.


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